Uma dramatúrgia que bebe em fontes universais, de uma das nossas maiores obras clássicas literárias, em plena atualidade.
ADERBAL FREIRE FILHO em artesanal/credível/singular direção/encenação, desembaraça em movimentação “coreografada” e genial, à contemporaneidade de um doloroso quadro que nos afeta profundamente, no delicado mundo do avançar em idade, numa sagaz condução cênica feita por um clown. Humor como contraponto da dor.
ADERBAL dá onisciência empoderada, nos sacudindo, na genialidade de VIANINHA.
O mergulho na interpretação de cada um dos atores coloca cada personagem com verdade e dinamismo, em movimentos esmiuçados/cuidadosos, que o texto necessita. Adundante o apoderar técnico e desenvoltura de cada atuação.
Impossível não destacar talento/vocação/experiência em auríferos criar de: ROGÉRIO FREITAS, VERA NOVELLO, ISIO CHELMAN, KADU GARCIA e GILLRAY COUTINHO. Seguidos de precisão cênica em PAULO GIARDINI, BETH LAMAS, ANA BARROSO, ANA VELLOSO e BELLA CAMERO.
Dentro de um desenrolar assertivo da época de 1970, política e conturbada, FERNANDO MELLO DA COSTA no cenário, e NEY MADEIRA e DANI VIDAL, inserem no contexto, com célebre e presente correção.
Costurando às passagens de cena e tempo, uma trilha sonora instigante/envolvente, no tecer de TATO TABORDA.
Em atravessada importância, PAULO CESAR MEDEIROS, imprimi sua iluminação sempre reveladora, com sua luz que seduz, em detalhamento urdido.
“VIANINHA CONTA O ÚLTIMO COMBATE DO HOMEM COMUM” é imprescindível dramaturgicamente e politicamente. Revela um doloroso quadro que não nos escapa, em sua atualidade escancarada.
Espetáculo NECESSÁRIO.