Crítica sucinta de “A última aventura é a morte”

( Inspirado no Poema “Nota 409” do dramaturgo alemão HEINER MULLER).

PeQuod CIA. EM HUMANIDADE RETALHADORA/CRUEL, EM FEÉRICA LINGUAGEM E ALQUIMIA QUE NOS MOVE.

– Uma Instalação/espetáculo de um poema traduzido por Leonardo Munk e dirigido por Miguel Vellinho, em mais uma primorosa empreitada teatral da CIA. PeQuod.

– Num linguajar, não linear, adaptado para à cena, os olhares se atentam para o mundo em total convergência e atravessamento cênico, que nos aterroriza no atualíssimo cenário de dor e crueldade, escravizante, humilhante, tentando tirar nossa resiliência.

– A instalação/espetáculo utiliza-se principalmente das artes visuais para nos adentrar naquilo que já estamos cometidos; Guerras, terrorismo, direitos humanos vilipendiados, num “jogo” lapidado de múltiplas linguagens em fragmentos de ontem e do terror do hoje. 45 minutos de pura arte( cinema, intérpretes à flor da pele em seus talentos, animação com bonecos “humanos” e profissionais imbuídos do que mais está ausente em nossos conflitos atuais: SENSIBILIDADE, AMOR, VOCAÇÃO e INTELIGÊNCIA EM FAVOR DA ARTE.

– A CIA. PeQuod realmente nos inquieta e diz a que veio, por que chegou nesse momento com essa OBRA PRIMA. Tocante, impactante e NECESSÁRIO presenciar esse trabalho, essa arte que nos faz refletir. 

A CIA. PeQuod transmuta à poesia dramatúrgica alemã, numa obra iconográfica/instalação teatral, de imagens referenciais e relevantes de um passado de intolerância que nos está tão descaradamente presente a ponto de nos “chocar”. Em configuração diferenciada no espaço cênico, usa teatralmente e magistralmente às múltiplas possibilidades visuais e artísticas para nos atravessar. Há uma transcendência num olhar urgente e implacável de se colocar através de uma atualidade em objetivo de nos sacudir emocionalmente e literária/visual, em manuseio fragmentado de várias possibilidades. Um achado de enorme reflexão PeQuodiana. Bravíssimo!

– Super RECOMENDO.
– ASSISTAM! IMPERDÍVEL!

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