A cena carioca recebe de volta um “colar de pérolas” para nosso deleite, na presença cênica necessária de Claudio Mendes; “MARIA!”, dia 13 de Março a 04 de Abril no Teatro Gláucio Gil, quartas e quintas às 18h .
Abaixo trechos da Crítica Teatral que resenhei da temporada de 2018:
– A partir dos trechos do cronista, o ator narra em primeira pessoa um apanhado criterioso, com sua própria dramaturgia, do letrista/compositor renomado ANTONIO MARIA. Uma “ária”, salmo teatral do poeta.
Um espetáculo onde à ansiedade e a violência, tão costumeira em nossa cidade, dá lugar ao lirismo, poesia e ao icônico homem que elevou à arte a um lugar incontestável.
– Cláudio Mendes não tenta camuflar-se no mito. Não simula sotaque, trejeitos e voz. Impõe apenas seu imprescindível talento. Nos mostra toda a beleza, humor, acidez, ironia, do aclamado homem das letras de vintage elegante.
– Humor, política, música, poesia, numa interatividade deliciosa com o público, construindo às cenas lindamente numa sagacidade teatral.
– Inez Viana conduz à empreitada com iluminada encenação. Alçando vôos numa perfeita teatralidade que os manuscritos de ANTONIO necessitam.
– Maria Clara Valle permeia à cena com seu violoncello numa volúpia musicalidade de casamento perfeito com a proposta buscada. Bravo!
– Paulo Cesar Medeiros cria o próprio “colar de pérolas” com sua luz/pérola/parceria, em caminhos abissais percorridos pelo ator.
– Cláudio Mendes interpreta com carisma visivelmente estonteante, numa entrega de sonho realizado, iluminando uma cidade que se encontra nas trevas de oportunistas cruéis.
– Uma obra-prima na simplicidade. Necessário, literário, de comunhão, vocação, humor e grito político.
– Uma ode ao Rio de Janeiro.