“Narra uma relação afetiva a partir de indagações e experiências pessoais das próprias atrizes, surgindo questões como preconceito, intolerância e desrespeito ao amor”.
Analisando às razões que as levaram a uma relação amorosa, Inez Viana e Débora Lamm, se encontram em perfeita fruição/desfrute, num desencadear deliciosamente à vontade, diante da dramaturgia poderosa, coloquial, política, em torno de um amor encontrado, enfrentado, vivido e refletido. Bravíssimo; texto de Pedro Kosovski e atuações comoventes e de muito ajustamento.
O espetáculo, intervalado em três momentos bem perpetrados; o encontro/desfrute em plenitude deliciosa com um humor fino, um segundo momento mais reflexivo, denso e político, e no final, à “coroação” de um amor que se perpetuou e deu e dá frutos. Momentos desprovidos de hermetismo.
Vale muito destacar a total afluência/ligação, beleza do onírico e presente cenário de Simone Mina, numa iluminação austera e decisiva de Ana Luzia de Simone.
Uma direção de Georgette Fadel feita com a delicadeza precisa, em cenas encadeadas de poesia vinda da dramaturgia e da atmosfera lúdica e densa que se sustenta.
Trilha sonora de Xád Chalhoub marcando o tempo em compassos afetivos de arcabouços limítrofes, influenciando os arrebatamentos emocionais do espetáculo e da verdade cênica absorta, portentosa das atrizes.
– Super RECOMENDO!
– Assistam! Não percam! LINDO!