“QUANDO RIO ENCONTRA O MAR”
(Espetáculo de Música e Dança Flamenca – GABRIEL MATÍAS).
O Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança:
ESPETACULONECESSARIO.COM.BR foi conferir um espetáculo, com única apresentação, estonteante e arrebatador, no corpo e na alma de GABRIEL MATÍAS, que mora atualmente na Espanha, vindo ao Brasil em turnê e ministrando cursos no compasso flamenco.
Com a verve calcada na poesia do necessário encontro do rio com o mar, Laureando esse encontro tão prodigioso, fazendo uma analogia à trajetória artística do bailaor/ menino/homem.
GABRIEL MATÍAS é muito jovem e ressignificador da arte flamenca, num encontro de perfeito contexto corporal, fugindo ao esperado, matizando em seu corpo uma linguagem polissêmica; cheia de movimentos tangíveis, de fisicalidade que não se pode refutar.
Um amalgamar de um achado em identidade cênica/corporal fluida, que ele desnuda através de átimos quase inexequível.
Seu corpo/baile/desenvoltura tem um temperamento, uma natureza peculiar, bem característica dos grandes expoentes dessa arte flamenca acirrada, que nos alucina, quase nos enlouquecendo em compassos de ritmos/palos que nos exige um abismal mergulho em incansável dedicação.
Gabriel possui um sapateado de musicalidade pungente, híbrida, em vertigens de pés irretocáveis.
Uma agudeza de percepção musical; ouvidos em sinapse ordenando os neurônios e os músculos com sua presença imatura na idade cronológica, e de madurez na excentricidade surpreendente.
Uma noite de extravagância flamenca na arte de um jovem de vitalícia entrega cênica. Um momento apaixonante para uma inabitual noite.
Sua caminhada será de longeva contribuição à dança e à música flamenca que nos deixa vívido, reluzente.
Acompanhando GABRIEL MATÍAS em alguns momentos a presença marcante e experiente das profissionais, maestras; Andressa Abrantes, Vanesa Domínguez, Laura Laguna e Tatiana Bittencourt.
Com enorme e necessário destaque na música executada ao vivo, com palos/ritmos flamencos diversos, profissionais do cenário carioca, em peremptória atuação em seus instrumentos:
Ana Bayer e Diego Zarcón(cante), Luciano Câmara e Roberto Monteiro(guitarra flamenca), Alessandro “Alejo” e Geórgia Câmara(cajón) e Sérgio Otero na percussão.
Uma noite de cunho artesanal matizada em profissionalismo flamenco e pela equidade, lisura e retidão de um jovem artista de impetuoso, súbito e indelével talento;
GABRIEL MATÍAS, com certeza, NECESSÁRIO!