O Blog/Site vai buscar, e colocar sob os seus holofotes – o universo da dança contemporânea artesanal, para estrear no seu palco, dentro do projeto:
Entrevistas NECESSÁRIAS.
Márcio Cunha Dança Contemporânea é isso: Um trabalho que se arrosta. Seu mentor olha-se de frente, encara-se sem medo, afronta-se, enfrenta-se, e se reinventa, mesmo antes da pandemia nos acometer.
Vamos nos deparar com um artista visionário em suas obras necessárias inspiradas em “devaneios” de potentes artistas plásticos.
Através da vida e obra desses artistas, submerge em cunho autoral e cria, descobri circunstâncias para espetáculos, cenários, exposições – comungando, afetando, tocando o público, deixando-nos absortos em seu mundo, num êxito de beleza e inteireza.
Márcio Cunha esteve presente levando suas elucubrações para Cias. marcantes no cenário corpóreo: “Esther Weitzman; Márcia Rubin; Ana Vitória; Ballet da cidade de Niterói, agregando olhares críticos, formas de alcançar o âmago de um contexto para a cena.
Destaco aqui algumas obras enredadas pela sua Cia. na cena da fisicalidade e da reflexão: “Botero”; “Vermelho Cádmio”; “Corvos e Girassóis”; “Frida-me”; “Quando conhecer seus olhos, pintarei sua alma”; “Céu de Basquiat”; ”Rosário”; “Estrela Dalva”; “Casa de Barro”, e muitas outras.
Destrinchou um oportuno e delicado contato na Cia. de Dança Colibri, amalgamando em cena um trabalho com portadores de Síndrome de Down.
No Centro de Arte Lumiar (Friburgo), desenreda atividades artísticas – abarcando espetáculos, cursos, conjecturando possibilidades de criações para o público interessado no “intrometer-se” do universo cultural.
Está oportunizando também o projeto de sua criação chamado: “Laboratório de Criação”, com uma Metodologia própria de Movimento.
No palco do Blog/Site teremos e saberemos tudo das inspirações advindas da potência de artistas plásticos para sua Cia. de cunho contemporâneo e autoral.
Márcio Cunha Dança Contemporânea –
Bailarino; Diretor e Coreógrafo:
Márcio cunha.
Márcio Cunha.
Cena do espetáculo “Rosário”.
Cena do espetáculo: “Frida-me” – intérpretes: Ana Paula Bouzas e Márcio Cunha.
Entrando na – Entrevista NECESSÁRIA – com:
MÁRCIO CUNHA.
F.Fachetti – No Festival de Joinville ministrou aulas; como foi essa experiência, a reação do público na sua abordagem peculiar, com seu conteúdo em sala?
Como destrinchou o contato delicado e necessário na Cia. de Dança Colibri, onde levou a cena o espetáculo “BOTERO”, com portadores de Síndrome de Down?
Márcio Cunha – Sempre gostei de trabalhar com grupos grandes. Como arte educador acredito na dinâmica dos encontros e do coletivo e sempre me vi neste lugar de liderança ao longo da minha trajetória.
Quando fui chamado para participar do projeto de formação do Festival de Joinville tive a oportunidade de estar com 300 artistas em média, a cada ano, divididos em grupos de 30 alunos. Participei dois anos desse projeto formativo. Era uma carga horária grande e o projeto atendia a crianças e adolescentes que estavam desbravando o universo da dança.
Me lembro de ficar impressionado com a disciplina, entrega e interesse dos grupos.
O que me preparou na prática para o universo da educação foi o meu percurso vivido com os portadores da Síndrome de Down. Foram 7 anos com um grupo de 50 artistas especiais.
Com eles descobri que todo corpo é potência no mundo.
Montei espetáculos anuais que lotavam os teatros do Sérgio Porto do Sesi. Eram obras de 1h de duração feita só por portadores da Síndrome de down sem “ajuda” de ninguém em cena. E era artisticamente lindo e emocionante de viver!
Um ano de ensaio e apenas uma apresentação.
Como artista e um jovem criador tive um corpo de baile durante muitos anos que mais me ensinava do que aprendia a mexer tudo o que eu viria a ser hoje.
“Botero” foi o último espetáculo que eu tive a oportunidade de viver com essa turma. Alí, aprofundei minhas pesquisas de relação entre artes plásticas e dança e experimentei essa fusão imagética com uma parceria que segue até os dias de hoje com o meu amigo, animador gráfico, Renato Vilarouca.
As obras de Botero dançavam na tela junto aos corpos Botéricos dos interpretes em cena.
Espetáculo: “Botero” – integrantes do grupo de Dança Colibri. Foto: Silvana Barques.
Depois de tantos anos de cena, meus bailarinos estavam impecáveis nessa obra, livres e como sempre, muito felizes de estarem ali. Tinha tanta gente, que dava para ocupar duas plateias. Muita gente teve que ir embora por conta da lotação do teatro.
A verdade é que era uma luta, era feito dentro de uma instituição que não tinha recursos, eu produzia tudo sempre, tinham alunos periféricos e muitos tinham comprometimentos físicos graves. Sempre tive muito apoio da escola Colibri e de estagiários da dança que as faculdades Angel Vianna e UniverCidade me enviavam.
Estar com eles me obrigava a ser mais escuta do que ação, me trazia a sensação de liberdade e infância, simplicidade e entrega.
Espetáculo: “Botero”. Com: Lucinha – integrante do Grupo de Dança Colibri. Foto: Silvana Marques.
F.Fachetti – Sua presença em outras Cias. de dança, em espetáculos não capitaneados por você – Cia. Esther Westzman; Márcia Rubin; Ana Vitória – deve ter agregado um olhar crítico, de corporiedade, formas de alcançar o ponto crucial de um contexto para a cena, de extremo necessário e incontestáveis como artista e indivíduo.
Abra seu coração e nos diga tudo a respeito do desfiar nessas Cias com outros profissionais.
Márcio Cunha – Ter convivido com essas Mestras e em um contexto Cia. foi importantíssimo para mim como artista criador.
Com a Esther Weitzman eu comecei a minha vida artística, ela me pegou bem “cru”, muito jovem e inexperiente. Com ela ganhei norral como intérprete criador, norral de palco e alí comecei a descobrir também o pesquisador que viria a ser.
Enquanto estava com a Esther, estava trabalhando com o grupo de portadores da Síndrome de Down também. O que me ajudou muito a entender processos de criação coletivos, caminhos e métodos possíveis.
Logo depois fui dançar com a Marcinha, e o meu corpo acostumado com a movimentação da Esther demorou bastante a entender outro mecanismo do mover. Neste período meu corpo mudou bastante nesse rearranjo para se adaptar ao trabalho da Marcia.
Quando fui dançar com Ana Vitória já estava bem mais maduro. Vivi um processo intenso de criação com ela e o ator Marcelo Aquino.
Durante todo tempo que estive bailarino de Cias. estava criando e trabalhando com a minha Cia.
Dancei em muitos festivais e teatros. Com elas rodei o país.
Fui crescendo e amadurecendo o meu fazer e o meu olhar junto a essas Mestras que foram minhas professoras na faculdade também.
Brinco sempre que aprendi com elas sobre, minhas coreógrafas, respectivamente, sobre os elementos terra, ar e fogo para hoje ser água.
Ser maleável exige experiência e maturidade.
Foram anos muito felizes que vivi ao lado dessas hoje amigas e parceiras da dança.
F.Fachetti – Gostaria que debruçar-se e dissecasse dois momentos de sua carreira:
– Pré-estreia do filme “IMPERMANÊNCIA”, do cineasta Guto Neto – que acompanha a Cia. Márcio Cunha Dança Contemporânea a muitos anos.
– Na sua passagem pela Cia. de Ballet da cidade de Niterói. O que te foi permitido e o que você externou lá com seu trabalho? Cite trabalho (s) feitos com seu direcionamento enquanro esteve presente.
Márcio Cunha – A pré-estreia de IMPERMANÊNCIA foi no Instagram do Sesc Copacabana e nas redes sociais da Marcio Cunha Dança Contemporânea em 2020. Eu e Guto, em diálogo, reconhecemos que mesmo em meio a pandemia era hora de mostrar e falar sobre esse movimento de pesquisa, edição, filmagem e montagem que o Guto Neto vem de forma contínua realizando desde 2015.
Márcio Cunha e Guto Neto em ilha de edição.
O projeto é lindo e traz a tona a Cia, a pesquisa, o fazer artístico e a minha história de um modo bem original.
A previsão de estréia do filme é para o segundo semestre de 2021 e conta com imagens e relatos de artistas que passaram pela Cia.
Guto é um cineasta, parceiro e artista que acompanha a muito tempo o meu trabalho com as suas lentes.
Quando fui chamado para coreógrafar em 2020 a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói, ele, Guto, esteve presente registrando os ensaios e fazendo no final do processo o vídeo arte COVA.
Cia de Ballet de Niterói – Fotos de ensaio do espetáculo “Retirantes”, livremente inspirado na obra de Candido Portinari.
Comecei os ensaios de RETIRANTES, espetáculo livremente inspirado na obra Retirante de Candido Portinari no início de 2020. Foi um processo lindo de viver. Rico e muito potente. Estávamos com tudo em cima para estrear quando veio a pandemia.
Vivemos todo aquele momento, perdidos, sem saber como seguir até encontrarmos o desejo e o caminho de criação do COVA que é uma extensão do nosso Retirantes que ainda não conheceu os palcos. Ainda tenho esperança de que o verei acontecendo em 2022 nos palcos.
Cia de Ballet de Niterói – Ensaio do espetáculo “Retirantes”. Inspirado em Candido Portinari.
Cia de Ballet de Niterói – Ensaio do espetáculo “Retirantes”.
Cia de Ballet de Niterói – ensaio do espetáculo “Retirantes”, inspirado em Candido Portinari.
F.Fachetti – Pode desenvolver e nos revelar o manusear, os segredos, as peculiaridades que Márcio Cunha busca usar, descobrir, nas suas circunstâncias como artista plástico? Criando cenários/instalações, exposições, que comungam , afetam o cerne do público – ao levá-los para a apreciação, deixando-os leal às suas criações cênicas para o palco, num êxito de beleza e inteireza.
Márcio Cunha – Todas as instalações dos meus trabalhos nasceram de maneira orgânica, meio que como uma extensão da dança, da cena.
Eu acho que se existe um segredo se chama liberdade. Aquela que eu aprendi lá quando trabalhei com os Síndrome de Down.
Eu costumo trabalhar com o material que tenho em mãos e tudo corre o risco de ir para cena. Nestes períodos criativos minha mulher fica louca por que eu vou colando, cortando e transformando tudo que tenho em casa sem dó nenhuma.
Me sinto confortável também com as tintas e com o barro, elementos das artes plásticas que eu uso muito em minhas obras.
Quando começo uma escultura, pintura, ou penso um objeto de arte sou inundado pela ideia que vive por trás de cada proposição artística.
Frida-me, Céu de Basquiat e Rosário, são obras em que o processo foi orgânico, mas muito distinto.
Em todos a instalação veio surgindo junto com a dança.
Ateliê é sala de ensaio.
Escultura: “Coração de Frida” – parte da instalação do espetáculo “Frida-me”.
Escultura “Festa dos Mortos” – parte da instalação do espetáculo “Frida-me”.
Escultura “Desintegração” – parte da instalação do espetáculo “Frida-me”.
F.Fachetti – Em suas inspirações nos universos de artistas plásticos, cria momentos cênicos com sua Cia. inefáveis. Na minha memória e na minha experiência como ator e bailarino ficou muito inquietante, e transcendente o espetáculo “ROSÁRIO” – onde me debrucei e com a emoção à flor da pele escrevi uma muito bem positiva crítica teatral.
Torne conhecido para todos com seu olhar e sua narrativa os seguintes espetáculos da Cia. Márcio cunha Dança contemporânea:
“Corvos e Girassóis”; “Frida-me” ; “Céu de Basquiat”; “Estrela Dalva”; “Casa de Barro”; e claro o a beleza necessária e extrema de “Rosário”.
Márcio Cunha – Corvos e Girassóis é uma obra visceral que eu tive a honra de viver com a minha parceira da cena e na época assistente de direção Renata Reinheimer. Livremente inspirada na vida e obra de Van Gogh.
Era uma obra que precisava de paredes, pois tinham partituras coreográficas que aconteciam nelas. Estreamos no Sesc Tijuca. Dançávamos as telas do artista e as lutas internas da sua mente conturbadora.
Espetáculo: “Corvos e Girassóis” – intérpretes: Renata Reinheimer e Márcio Cunha. Foto: Renato Mangolin.
Céu de Basquiat é uma performance que mudou por completo o meu jeito de enxergar a cena. Visceral, aberto, agressivo e desafiador, me jogou na direção de uma dramaturgia intensa. Um aprofundamento desse movimento que começa em Corvos e Girassóis, de dançar a obra e o artista plástico surgir em cena.
“Céu de Basquiat – performer: Márcio Cunha. Foto: Renato Mangolin.
“Céu de Basquiat” – performer: Márcio Cunha. Foto: Renato Mangolin.
“Céu de Basquiat” – Performer: Márcio Cunha. Foto: Renato Mangolin.
Estrela Dalva é um espetáculo de dança popular brasileira. Nasceu de um convite do Sesc Friburgo, que eu abracei com muito carinho, pois eu tenho forte ligação com as danças populares e eu queria fazer algo mais popular também. Ele acontece com a minha mulher, Juliana Nogueira, que é pesquisadora das danças populares e a atriz Sílvia Araújo.
Com músicas de Antônio Nóbrega, de cima abaixo, ele acontece nas ruas e evoca o brincando e a plateia a participar.
Espetáculo: “Estrela Dalva” – Intérpretes: Márcio Cunha, Juliana Nogueira e Silvia Araujo.
Espetáculo: “Estrela Dalva” – No CALU. Intérpretes: Juliana Nogueira, Silvia Araujo e Márcio Cunha. Foto: Marcella Azal.
Casa de Barro foi a última obra que fiz antes da pandemia. Tem 3 perguntas como eixo. De onde venho? Para onde vou? Quem sou eu?
Pensado a partir da matéria-prima das minhas esculturas – ele manifesta a inquietação do homem diante da vida e da morte. Um corpo visceral desde o surgimento da vida até hoje.
Espetáculo: “Casa de Barro” – intérprete: Márcio Cunha. Foto: Leonardo Miranda.
Rosário, realmente foi muito especial, tanto no processo em que tive a oportunidade de fazer uma residência artística na Casa B do Museu Bispo do Rosario, quanto no palco.
Espetáculo: “Rosário” – intérprete: Márcio Cunha. Foto: Marcella Azal.
Ele é um espetáculo atravessado por uma multiplicidade muito grande.
Espetáculo: “Rosário”. Intérpret: Márcio Cunha.
Ele acontece em uma instalação e em uma das obras no fundo do palco é projetado uma performance minha com Arlindo – um artista da Colônia Juliano Moreira que viveu com o Bispo do Rosario na cela onde aconteciam atrocidades naquela época.
Espetáculo: “Rosário” – Em cena Márcio Cunha e Arlindo, um artista da colônia Juliano Moreira que viveu com o Bispo do Rosário.
Existe uma escultura de barro pequena do Bispo do Rosario que eu usava para contar a história do Bispo em cima de uma mesa cheia de objetos que vão ganhando vida.
Espetáculo: “Rosário”.
Todo o trabalho é entremeado com as danças populares e a dança vai trazendo a tona dramaturgicamente para cena a figura do Bispo – no meu corpo.
Um espetáculo que inaugura descobertas e perguntas que abrem espaço para novas criações. Todos muito importantes para mim.
Espetáculo: “Rosário”.
F.Fachetti – Como se desenreda o Centro de Arte Lumiar – que abarca espetáculos, cursos e atividades artísticas?
Destrinche o que é o projeto de sua pesquisa “Laboratório de Criação.
Conte-nos detalhes sobre essa “Metodologia própria do Movimento”, que está arquitetando para a cena e para aquinhoar o corpóreo na dança e na vida.
Márcio Cunha – O CALU, Centro de Artes de Lumiar, foi um potente espaço que tive a oportunidade de fundar e gerir junto a grandes amigos em Lumiar, cidade que vivi durante 3 anos.
Ele cresceu como uma espiral linda de trabalhos e arte, florescendo na cidade, mas a manutenção e sustentação do espaço se tornou inviável. Por isso, em 2020, com a pandemia o espaço fechou.
Ele deixou muitas sementes, a cidade mudou depois da presença do CALU. Era muita gente do bem promovendo o bem.
CALU – Centro de Artes Lumiar: Márcio Cunha, Juliana Nogueira e alunos.
O Laboratório de Criação, foi um convite do Sesc Friburgo. Durou 3 anos terminando em 2019. Um projeto de fomento e suporte do fazer artístico dos artistas da região de Friburgo que abriu diálogo e tornou visível as produções locais.
Espetáculo: “Isto não é Dança” – Laboratório de Criação. Foto: Marcella Azal.
Espetáculo: “Baile da Despedida” – Laboratório de Criação. Foto: Maria Wermelinger.
Atualmente, sigo com as práticas metodológicas do CORPO PRESENTE que são para todas as idades.
Uma experiência corporal imersiva que tem o propósito de trabalhar o Ser Integral, tendo em vista a saúde, o bem estar e a expansão do Ser.
Os encontros online, além de proporcionar a tonificação muscular, alongamento, mobilização das articulações, trabalhar a respiraçãoe meditação, se propõe, como experiência e método, a buscar espaço de respiro e escuta interna, propondo diferentes dinâmicas de percepção do corpo, do tempo e do espaço.
O projeto CORPO PRESENTE foi pensado e estruturando para atender as demandas da saúde integral dos seus participantes através de encontros online que atuem na manutenção do corpo e do estados de presença.
Uma prática continua de autocuidado que passa por 5 estações de movimento.
Fluxo, stacato, caos, lírico e quietude.
Como as ondas do mar, que tem seu início, meio e fim, passando por diferentes estações.
Uma experiência única, para ser vivida e sentida a cada encontro.
Quanto ao meu fazer artístico, sigo pesquisando e pensando arte em meu ateliê. Aguardando o tempo certo das coisas. Tem sido muito difícil criar. Sinto que a minha escuta está se ampliando.
Meu trabalho está mudando de direção e preciso descobrir o que quero com a minha arte. Sigo tranquilo. Sem pressa. Olhando para as coisas.
Outros trabalhos/espetáculos criados pela Márcio Cunha Dança Contemporânea:
Espetáculo: “Frida-me” – Márcio Cunha e Ana Paula Bouzas.
‘Frida-me”.
Espetáculo: “Vermelho Cádmio” – Intérpretes: Paula Mori e Giselda Fernandes. Foto: Silvana Marques.
Espetáculo infantil “Figuras Amarelas” – Intérpretes: Carla Stank, Lais Bernardes e Bruno Quixote. Foto: Leonardo Miranda.
Espetáculo: “Verde não quer Dizer Grama Azul, não quer Dizer Céu” – Intérpretes: Márcio Cunha e Francisco Barreto. Convidado: Davi Bouzas. Foto: Marcella Azal.
Espetáculo Online: “Laboratório Curumim, 2021. Intérprete: Bruno Quixote.
Espetáculo: “Fase Dourada” – intérpretes: Renata Reinheimer, João Ferreira, Carolina Bahiense, Márcio Cunha e Michele França.
Performance “Bruzundanga” – Instagram do Sesc Copacabana.
– Trajetória Artística:
– Márcio Cunha, formou-se em 2003 no curso superior – Licenciatura em Dança pela UniverCidade do Rio de Janeiro e concluiu a pós-graduação em Educação Psicomotora pelo IBMR – Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação em 2006.
– Como diretor e coreógrafo, Márcio Cunha desenvolve, desde 2001 com a Marcio Cunha Dança Contemporânea, sua Cia, pesquisas cênicas, buscando inspiração em artistas plásticos para as suas montagens que revelem questões pertinentes a complexa existência humana.
– A Cia. Foi contemplada em 2012 pelo prêmio nacional Klauss Vianna de Dança e muitas vezes contemplada por editais cariocas para realização de espetáculos.
– A Márcio Cunha Dança Contemporânea possui em seu repertório os espetáculos: REAÇÃO (2001) que estreou nos Novíssimos no Festival Panorama; TRAÇOS (2006); BOTERO (2007), feito por portadores da Síndrome de Down; TELA AZUL (2008), inspirado nas obras do artista japonês Taizi Harada; VERMELHO CÁDMIO (2009), inspirado nas obras do artista americano Andrew Wyeth, FIGURAS AMARELAS (2010), espetáculo infantil inspirado nas obras dos artistas paulistas conhecidos como Os Gêmeos; CORVOS E GIRASSÓIS (2011), inspirado nas obras do artista mundialmente famoso Van Gogh; FASE DOURADA (2013) inspirado nas obras de Gustav Klimt; FRIDA-ME (2014) uma homenagem aos 60 anos das obras da artista mexicana Frida Kahlo; QUANDO CONHECER SEUS OLHOS, PINTAREI SUA ALMA (2015), inspirado nas obras do pintor Modigliani; CÉU DE BASQUIAT (2016), performance inspirada nas obras de Jean Michel Basquiat, multi artista americano; ROSARIO (2018), espetáculo inspirado nas obras e vida do artista sergipano Bispo do Rosário (Indicado ao I Prêmio Cesgranrio de Dança de 2019 na categoria de Melhor Espetáculo); VERDE NÃO QUER DIZER GRAMA AZUL NÃO QUER DIZER CÉU (2018), espetáculo de dança infantil inspirado nas obras de Henri Matisse; ESTRELA DALVA, espetáculo sobre as festas populares do Brasil; e CASA DE BARRO (2019) – Indicado ao II Prêmio Cesgranrio de Dança de 2020 nas categorias: Melhor Espetáculo, Melhor Bailarino e Destaque Desenho de Produção Cênica).
– Em 2020 é convidado para coreógrafa a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói e com a Pandemia conclui sua residência com o vídeo arte COVA.
– Convidado para apresenta a performance Bruzundanga online no Instagram do Sesc RJ, onde também faz a pré-estreia do filme IMPERMANÊNCIA, que estará em 2022, feito pelo Cineasta Guto Neto, que acompanha os movimentos da Cia. há muitos anos.
– Em 2021 foi convidado pelo Sesc para fazer a performance “Encanto no youtube” do projeto Sesc em casa.
– Como bailarino, além de dançar as suas peças ao longo da sua trajetória, trabalhou com a coreógrafa Esther Weitzman (2000 a 2002), atuando no espetáculo Terras/Presenças no Tempo (eleito um dos melhores do ano pelo jornal O Globo), no espetáculo Sonoridades, apresentado no Dança Brasil (CCBB do RJ e Brasília) e no projeto PRODANÇA, onde ministrou workshops de dança para crianças.
– Trabalhou com a coreógrafa Márcia Rubin de (2003 a 2006), atuando no espetáculo “Tempo de Valsa Moderado com Elegância” (e leito um dos melhores do ano pelo jornal O Globo), apresentado no Teatro Municipal do RJ e em diversos festivais de dança.
– Trabalhou também com a pesquisadora em dança Ana Vitória, atuando no espetáculo “Cirandas Cirandinhas” voltado para o universo infantil, contemplado pelo prêmio nacional Klauss Vianna de Dança em 2008.
– Como artista plástico, produz os cenários/instalações dos espetáculos da Márcio Cunha Dança Contemporânea, participa e participou de exposições individuais e coletivas.
– Como arte educador, ministrou aulas de dança adaptada no curso de pós-graduação em Didática da Dança Infanto-Juvenil na instituição UniverCidade, coordenado por Ângela Ferreira (2007 e 2011); ministrou aulas de Dança Educação no projeto ‘Dança Comunidade’ no Festival de Joinville (2008-2009); atuou como professor, coreógrafo e diretor da Cia de Dança Colibri (2000/2007) na Instituição Colibri com mais de 50 portadores da Síndrome de Down; esteve como diretor e fundador do Núcleo de Dança do Colégio Santa Rosa de Lima, (2000 a 2010). Foi professor de Corpo Criativo da grade curricular e do curso extracurricular do Colégio Logosófico, desenvolvendo uma pesquisa em dança com as crianças do setor infantil e fundamental I e II. (2010 a 2014).
– 2014 é convidado pelo ponto de Cultura Ecoar como artista residente para ministrar aulas e construir intervenções artísticas com pessoas com transtornos mentais do IPUB.
– 2015 se muda para Lumiar- Friburgo e funda o CALU- Centro de Artes Lumiar – Que abrigou espetáculos, cursos e ações artísticas da cidade até 2020. De 2017 a 2019 desenvolveu um projeto chamado Laboratório de Criação no SESC Friburgo para artista criadores.
Atualmente, está desenvolvendo uma “Metodologia Própria do Movimento” e dá aulas online no seu projeto Corpo Presente.
“Entrevistas NECESSÁRIAS” – recebe com tapete vermelho, expressando muito apreço, um artista que nos diz e faz muitíssimo pela história do nosso teatro.
Cesar Augusto é a potência que faz acontecer o jogo cênico, dentro e fora dos palcos; articulado e conhecedor desse ofício que precisa de muita luz – holofótica, vigorosa e empática.
Não podemos esquecer do dever governamental de investimentos culturais.
Um dos responsáveis pela formação da Cia dos Atores, de grandeza particular para as artes cênicas.
O palco do Blog/Site abre suas cortinas para esse estimado artista:
Ator; Diretor; Produtor e Cenógrafo:
Cesar Augusto.
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Marcus Anoli
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