Entrevista NECESSÁRIA:Atriz, Cantora, Produtora e Autora – STELLA MARIA RODRIGUES

O Blog/Site dá o terceiro sinal – para a entrada em cena – de uma preciosidade artística com 36 anos de carreira – atriz, cantora, autora e produtora – amalgamando verdades e mentiras cênicas de irrefutável grandiloquência.

Na TV, entre outros, destacamos as novelas: “Por Amor” de Manoel Carlos; “Jóia Rara” e “Sete Vidas”.

No Cinema “Minha mâe é uma peça 3”.

Durante a pandemia foi convidada por Claudio Galvan a dar aulas de interpretaçâo dentro da Oficina de dublagem.

Também foi convidada para dirigir a próxima prática de montagem no CEFTEM – “Cazuza, pro dia Nascer Feliz”, com texto de Aloísio de Abreu.

Está dirigindo uma série de Leituras Dramatizadas no projeto ”Alimentando a Alma com Arte”.

Em breve estará em cartaz com o espetácuio “Alzira Power”, de Antonio Bivar, direçâo de Joâo Fonseca.

Vamos desvelar preciosos trabalhos da carreira dessa artista que submerge no ofício cênico e nos surpreende.

Atriz; Cantora; produtora; Autora:

STELLA MARIA RODRIGUES.

Stella Maria Rodrigues.

 

 

No filme: “Minha Mãe é uma Peça 3”.

 

Espetáculo: ”Emilinha”.

 

ENTRANDO NA – Entrevista NECESSÁRIA – com:

STELLA MARIA RODRIGUES.

 

F.fachetti – – Assisti a “Romeu e Julieta – Musical”, belíssimo e necessário trabalho da cena teatral e com uma esmeradíssima arquitetura na sua construção da personagem – onde foi laureada, mericidíssimo, com o prêmio APTR. Pode nos falar sobre e à sua personagem?

 

 

Stella Maria RodriguesFoi realmente um encontro especial com Shakespeare. Acho que um ator muda de lugar quando faz um clássico. Nosso entendimento, nossa energia… tudo muda.

Em cena: “Romeu e Julieta, Musical – ao Som de Marisa Monte”.

Cena de “Romeu e Julieta, o Musical”.

 

A Ama é um presente pra qualquer atriz. Ela é mãe, é divertida, é popular. Romeu e Julieta traz a comédia e a tragédia juntas e muitas vezes o público identifica aquela personagem como a que sempre que entra, vai nos fazer rir – mudar essa chave é delicado e difícil.

“Romeu e Julieta, o Musical – ao som de Marisa Monte” de Guilherme Leme Garcia. Prêmio APTR de atriz coadjuvante – personagem: “Ama”.

 

Foi uma experiência linda na minha vida. Reencontrar velhos amigos em cena ( Claudio Galvan) e me apaixonar por jovens atores( Tiago Machado, Barbara Sut), ser dirigida por Guilherme Leme, fazer parte do seu sonho… Estar dentro de um cenário de Daniela Thomas, um luxo! Vestir João Pimenta e sua modernidade, poder cantar Marisa Monte e de fato desejar que a história tivesse outro final.

 

F.Fachetti – Em “Company” – Stephen Sondhein – sua presença era de uma atriz aquinhoada de experiência, dirigida pelo mestre João Fonseca. Fale dessa direção, com inúmeras montagens pelo mundo. Qual a “chave mestra” na direção de João Fonseca?

 

Stella Maria RodriguesJoão Fonseca é mais que um diretor! Ele transborda amor pelo teatro e pelos seus atores. Ele nos acarinha, nos recebe, nos ama. Quem trabalha uma vez com João quer ficar pra sempre! Eu penso que o João ama fazer teatro e esse amor talvez seja essa “chave”.

João Fonseca.

 

Eu amo Company, amo Joanne seu humor menopáusico, sua dor de chegar na idade onde você como mulher não se insere em lugar nenhum. Ela é alucinante, um furacão com um dos números musicais mais incríveis e deliciosos de se fazer!

 

F.fachetti – Dentro da sua profissão de artista, começou a desenvolver mais uma das funções conectadas nesse universo. Quais as circunstâncias, o cerne da autora Stella Maria Rodrigues? E, comente sobre sua autoria de “Quebrando Regras – Um tributo a Tina Turner”.

 

Stella Maria RodriguesEu sempre gostei de escrever. Meu pai era jornalista e tinha uma poesia na escrita muito linda. Mas nunca achei que podia realizar isso. Ficava só na minha cabeça. A gente acha que só pode fazer uma coisa na vida – isso é uma crença! Por que não podemos abrir nossos olhares? Ser atriz, produtora, dubladora, cantora..e autora…por que não?

Um dia, no camarim de Romeu e Julieta, a Kacau( Kacau Gomes, grande atriz ,cantora e amiga) me disse: “Vc não quer escrever um texto pra mim? Eu sempre quis fazer Tina Turner! A Evelyn( Evelyn Castro) também tem esse sonho!”

Bom… juntar Tina Turner, Kacau Gomes, Evelyn Castro, Saulo Segreto, João Fonseca e Tony Luchesi…. já viu né? Mas, Quebrando Regras não é a história da Tina. É a história de 2 mulheres – brasileiras, pobres, negras, que sonham em “pular o muro” e viver seus sonhos. Escrever tem sido pra mim uma experiência incrível. Também estou “ pulando meus muros”.

 

Espetáculo: “Quebrando Regras, um Tributo à Tina Turner”.

Texto: Stella Maria Rodrigues.

“Quebrando Regras, um tributo à Tina Turner”.

Bastidores: “Quebrando Regras..”

 

F.fachetti – Atuamos juntos numa deliciosa Leitura Dramática – que foi bem encenada, não só lida, no Midrash Centro Cultural – do texto de Nelson Rodrigues: “Perdoa-me por me Traíres”, com direção de Marcelo Portes.

Nos conte do projeto “Alimentando a Alma com a Arte”, onde está dirigindo uma série de Leituras Dramáticas . Como se desenvolvem essas leituras? O Projeto?

 

Stella Maria RodriguesFui convidada por Laura Proença e Joaquim Vidal pra dirigir uma série de leituras. Acho que todo projeto que fomenta arte, que resiste e se renova é essencial. Laura é uma atriz delicada, divertida, linda e sensível.

Nosso primeiro convidado é Carmo Dalla Vechia – meu amigo querido, grande ator.

Vamos mostrar o amor e suas dores, no belíssimo texto de Arnaldo Jabor – “Eu sei que vou te amar”. Que seja o primeiro de uma série de grandes trabalhos! Estão todos convidados!

 

F.fachetti – Não posso deixar de falar no fenômeno de empatia e competência – Paulo Gustavo. Você fez um recente trabalho cinematográfico ao seu lado. Discorra para nós essa circunstância enredada nesse filme, no troca-troca cênico com Paulo Gustavo, e o que ficou para a artista e a pessoa Stella, a partir desse marcante momento?

 

Stella Maria RodriguesQue sorte a minha esse encontro. Que sorte! Paulo sempre será gênio.

No filme: “Minha Mãe é uma Peça 3”.

 

Teatro é comunicação e Paulo se comunicava de uma maneira única e poderosa. Além da genialidade, uma pessoa linda… linda mesmo.

Eu fui recebida por ele como uma estrela no set! Sendo que a estrela era ele!!! Mas ele fazia isso. Ainda não dá para acreditar que não teremos mais Dona Herminia no Minha Mãe é uma peça 4… O que mais falar dele? Genial, humano, intenso, ímpar, generoso. Ficamos órfãos.Todos.

Em cena : “Minha Mãe é uma Peça 3”.

“Minha Mãe é uma Peça 3”.

 

F.Fachetti – Em outra dimensão, comente a respeito do espetáculo musical: “Agnaldo Rayol”, outra cena teatral que reverberou muitíssimo positivo, na direção de Roberto Bomtempo – 3 indicações com prêmio de melhor atriz.

 

Stella Maria RodriguesFazer Hebe foi inusitado. Eu achava que não ia conseguir. Mas, depois de assistir algumas entrevistas dela, fiquei absolutamente apaixonada!

Hebe e Agnaldo foram amigos de uma vida! E era isso que nos interessava e não uma caricatura em cena. Até eu me surpreendi com o resultado. Eu olhava pro Marcelo Nogueira e sentia essa energia poderosa.Ouvi coisas lindas de Agnaldo sobre a amizade dele e de Hebe. Um espetáculo que vai ficar guardado com muito carinho no meu coração.

“Agnaldo Rayol” – 3 indicações com prêmio de Melhor Atriz.

 

 

F.fachetti – Assisti os necessários espetáculos: “O Abre Alas”; “Cole Porter” e  “Ópera do Malandro”. Fale um pouco de cada um deles e do processo direcional e orgânico nos trabalhos da dupla: Charles Moeller e Claudio Botelho.

 

Stella Maria RodriguesVou falar da minha boa sorte novamente! Desse encontro com Charles e Claudio. Tão diferentes e tão geniais e complementares.

Ouvir o Charles falar sobre teatro é inebriante. Seu poder de fala, sua paixão pelo estudo. O Claudio é um amigo querido, ele consegue em pouco tempo de ensaio dizer exatamente o que ele quer. Eu amo os dois. Separados, juntos… de todas as maneiras.

Os processos de trabalho deles são precisos. Tenho muito na memória nosso tempo de ensaio de Suburbano Coração. Olha o elenco: Eu, Inez Viana, Solange Badim e Claudio Botelho. Que delícia de espetáculo! Claudio estava genial em cena! Minhas amigas queridas…Inez, que é uma atriz fabulosa e Solange, minha grande amiga e grande atriz que nos deixou cedo demais….

Espetáculo: “Suburbano Coração”.

“Suburbano Coração”.

Enfim, Charles e Claudio fazem parte da minha vida, profissional e pessoal. São homens de teatro.

Espetáculo: “O Abre Alas”.

 

 

 

Espetáculo: “Cole Porter”.

Espetáculo: “Cole Porter” – versão 1.

“Cole Porter” – ainda versão 1.

Espetáculo: “Cole Porter” – versão 2.

Espetáculo: “A Ópera do Malandro”.

 

 

 

F.fachetti – Aproveite aqui para divulgar, nos contando tudo sobre esse feito cênico, que está vindo por aí, o espetáculo “Alzira Power” de Antonio Bivar, com direção de João Fonseca. Conte-nos tudo!

 

Stella Maria RodriguesInscrevemos Alzira Power no FITA e tivemos a boa sorte de fazer teatro no meio dessa loucura toda!

Foi uma apresentação apenas mas muito emocionante. E muito em breve teremos novidade sobre Alzira! João teve a idéia de remontar esse texto incrível do Bivar, que nos deixou vítima da Covid.

Em cena somos eu e André Celant, tão jovem e tão talentoso! Alzira é uma força da natureza! É impressionante ver em cena o frescor de um texto escrito em 1969. Eis a magia do teatro! Aguardem Alzira Power!

Espetáculo: Alzira Power”.

“Alzira Power”.

Espetáculo: “Alzira Power”. Apresentado no FITA – 2020. Em breve com grandes novidades. Texto: Antonio Bivar. Direção: João Fonseca. Com Stella Maria Rodrigues e André Celant.

Aguardem!

 

 

F.fachetti– Foi convidada a dirigir pelo CEFTEM, uma montagem de CAZUZA, torne conhecido isso para todos. Assisti 3 vezes a belíssima, emocionante e emblemático momento cênico que você esteve presente. Fale sobre desse trabalho de uma beleza e sensibilidade sem fim.

 

Stella Maria RodriguesFazer Cazuza foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida.

“Cazuza – O Musical”.

Lembro que no dia 07 de Julho de 1990( dia da morte de Cazuza) eu estava grávida do meu primeiro filho, Gabriel. Ele nasceu logo depois dia 20. Chorava a perda do artista e chorava imaginando a dor daquela mãe. Mal sabia que anos depois estaria no palco contando essa história, e que agora me cabe dirigir jovens atores. Acho que é isso.

O teatro se renovando em mim. Espero poder passar um pouco do que vivi nesses 36 anos de carreira. Agradeço ao Ceftem a oportunidade.

E como dizia Cazuza:

“Cantando a gente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira…
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar: sem nenhum pudor, sem pecado.
Canto para espantar os demônios, para juntar os amigos.
Para sentir o mundo, para seduzir a vida.”

“Cazuza – O Musical”.

 

 

OUTROS TRABALHOS EFETIVADOS:

Espetáculo: “Ensina-me a Viver” – direção de João Falcão.

 

Espetáculo: Ensina-me a Viver”.

“Ensina-me a Viver”.

 

 

Espetáculo: “O Tempo e os Conways”. Direção: Vera Farjado.

 

Espetáculo: “Emilinha e Marlene” – As Rainhas do Rádio”, de Thereza Falcão.

“Emilinha e Marlene – As Rainhas do Rádio”.

Stella Maria Rodrigues e Solange Badin.

 

Espetáculo: “Vicente Celestino” – A Voz Alma do Brasil”. Direção: Jaqueline Laurence.

 

 

Espetáculo: “1/4 De Amor”.

 

 

Espetáculo: “Uma Professora Muito Maluquinha”.

 

 

Espetáculo: “Noviças Rebeldes”. Direção: Wolf Maya.

 

Espetáculo: “Band-Age”. Direção: Cininha de Paula.

 

 

 

 

Em cena no evento: “Tudo ao contrário”. Número musical e o Zeppelin.

 

 

Foto de bastidor da novela: “Jóia Rara”.

 

 

Novela: “Jóia Rara”, com Carmo Dalla Vecchia.

 

 

Bastidores da novela “Por Amor” de Manoel Carlos.

 

 

Cena do espetáculo: “Solteira, casada, viúva e divorciada”.

Direção: Alexandre Contini.

 

 

 

Espetáculo: “Emilinha” – direção: Sueli Guerra. Stella Maria Rodrigues e Fabrício Negri.

Stella Maria Rodrigues em: “Emilinha”.

“Emilinha”.

Atriz, cantora, produtora, autora…

STELLA MARIA RODRIGUES.

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