Entrevista NECESSÁRIA: Atriz: ANDREA DANTAS.

No palco do Blog/Site as luzes explodem de alegria ao fazer deferência a uma das maiores atrizes do nosso cenário, determinante através de sua experiência e afluência nas obras que se embrenham na cena teatral.

Em comemoração ao seu valioso trabalho de excelência que completam 40 anos, é de extremo necessário que falemos de uma atriz de porte aparente comum, porém, que nos leva a suspirar com sua força e confluir cênico  nos arrebatando e dignificando o ofício – Andrea Dantas.

Andrea faz parte de uma geração que teve sua formação profissional através da experiência de criação coletiva na década de 1970.

Dirigiu os espetáculos:

“A Misteriosa Volta dos Dinossauros”, “As Aventuras de Pedro Malazartes”, “Conversa de Pescador”, “Receita de Vinícius”.

Atuou como Assistente de Direção em espetáculos dirigidos por Lucia Coelho, Flávio Marinho, Ernesto Piccollo, e Miguel Falabella.

Em abril de 1993, funda o TUERJ, companhia sediada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que ocupou o Teatro Odylo Costa Filho, a concha Acústica e o Teatro Noel Rosa, durante a gestão do Reitor Esio Cordeiro.

Através de convênios com órgãos públicos, o TUERJ conseguiu recuperar o Teatrão Inacabado, que esperou 20 anos para ver suas instalações concluídas.

Esteve a frente de três projetos reverberadores para as artes e a formação humana: “Fundação do TUERJ” – com valiosos profissionais ao seu lado; “C.E.T.E – Centro Educacional Teatro Escola”; “Grupo Nós do Morro” – onde foi uma das professoras e diretora da Cia. Teatral.

Durante três anos e meio o TUERJ trabalhou com cerca de quatrocentos amadores, e  à frente deste projeto estiveram os seguintes profissionais: Alice Borges, Amir Haddad, Andrea Dantas, Anselmo Vasconcellos, Antônio Pedro, Aurélio de Simoni, Barbara Herrington, Betina Viany, Breno Moroni, Caique Botkay, Claudia Borioni, Edward Monteiro, Gabriel Moura, Gilberto Loureiro, José Paulo Pessoa, Laffayette Galvão, Luca de Castro, Paulo Moura, Ricardo Petraglia, Scarlet Moon, Tessy Callado, Walter Marins e Wanderley Gomes.

Alguns de seus trabalhos de grande expressão:

“Macbeth” de Shakespeare, direcão de Aderbal Freire filho; “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio”, direção de Antonio de Bonis; “Bilac Vê Estrelas”, de Thereza Falcão; “Uma Praça Entre Dois Prédios”, direção de Georgette Fadel; “Estúpido Cupido” de Flavio Marinho e direção de Gilberto Gawronski; “Casa Caramujo”, texto e direção de Gustavo Paso; “A Festa de Aniversário” de Harold Pinter e direção de Gustavo Paso; “As Crianças”, texto de Harold Pinter  e direção de Rodrigo Portella; “O Diabo em Mrs. Davis”, texto Jaú Sant’angelo e direção de Aloísio de Abreu.

Vamos agora vaculhar a vida e a carreira dessa Mulher/Artista que nos encanta:

A Atriz – ANDREA DANTAS.

Andrea Dantas.

ANDREA DANTAS em: “O Diabo em Mrs. Davis” de Jaú San´tangelo. Direção: Aloisio de Abreu.

Comemorando 40 anos de ofício cênico.

 

 

Andrea Dantas em cena no espetáculo: “ Festa de Aniversário” de Harold Pinter.

Com a Cia Teatral Epigenia. Direção: Gustavo Paso.

 

 

ENTRANDO NA – ENTREVISTA NECESSÁRIA – COM:

ANDREA DANTAS

 

 

 

F.FACHETTI – Esteve a frente de três projetos reverberadores para as artes e a formação humana: “Fundação do TUERJ” – com valiosos profissionais ao seu lado; “C.E.T.E – Centro Educacional Teatro Escola”; “Grupo Nós do Morro” – onde foi uma das professoras e diretora da Cia. Teatral.

Gostaria que nos esclarecesse, contasse um pouco sobre cada um desses projetos tão imprescindíveis à nossa cultura. Inclusive, os debates com acadêmicos da UERJ, resultou na publicação do livro: “Shakespeare, quem diria, acabou na UERJ.

 

ANDREA DANTASComecei no TAB – Teatro Amador do Bennett – um laboratório perfeito para o trabalho em equipe. Muitos da minha geração também começaram nos grupos, nas aulas de Teatro na Escola. Na prática aprendemos diversas funções. Não tive formação acadêmica.

Nas décadas de 1970 e 1980 artistas do Palco e da Rua, reunidos em grupos de amigos, Associações de Bairros, cursos livres de interpretação e etc, se organizaram para produzir espetáculos nos moldes das Cooperativas de trabalhadores.

Às vésperas da regulamentação da profissão, esses coletivos formaram e prepararam para o mercado de trabalho gerações de artistas.

Sempre gostei de trabalhar em grupo, desde o Navegando em 1979, sob a direção de Lucia Coelho. Nos grupos Pessoal do Pessoal e Tem Folga na Direção, dirigidos pelo Antônio Pedro, um sonho antigo de compartilhar a experiência profissional com interessados em participar do processo teatral.

O Walter Marins desenhou o projeto dessa Companhia de Teatro, que foi abraçado pelo reitor Ésio Cordeiro. Assim,  teve inicio o TUERJ, que reuniu artistas amadores e profissionais vindos de todos os cantos do Rio.

Em contrapartida conseguimos recursos para as obras de acabamento do Teatro Odylo Costa Filho – que se encontrava em plena decadência e sem nenhuma atividade, e se tornou a sede da Companhia.

Durante quase 4 anos de trabalho na UERJ, com cerca de 80 pessoas em cena, entre artistas e técnicos de todas as áreas da atividade teatral, jovens e veteranos, nossas apresentações, atrairam centenas de espectadores.

Entregamos o Teatrão pronto para ser equipado e ocupado, porém, ao final da gestão do Ésio Cordeiro, o TUERJ se viu abruptamente impedido de trabalhar no teatro. Continuamos ocupando diversos espaços dentro da Universidade. Em parceria com os diretórios acadêmicos, nos auditórios das faculdades continuamos a apresentar shows, e os espetáculos passaram a ser encenados na concha acústica.

Promovendo apresentações e debates com a participação de acadêmicos, intelectuais e artistas consagrados. Fizemos um ciclo de debates sobre Shakespeare, durante o processo de montgem de MacBeth, que resultou na publicação do “Shakespeare, quem diria, acabou na UERJ”.

“Macbeth” de Shakespeare.

 

Saindo da UERJ, ocupamos por um ano o Teatro Dulcina. Então,

interrompemos nossa atividade.

Depois de um longo inverno, nos reencontramos para montar um espetáculo épico comemorando os 500 anos da Descoberta do Brasil. ocupamos a imensa arena da Fundição Progresso.

Julio Calasso desta vez foi quem preparou o projeto. Seguimos com o mesmo objetivo: resgatar o ator popular e compartilhar nossas experiências.

O TUERJ era agora o CETE – Centro Experimental Teatro Escola, que permaneceu em constante atividade, por mais 5 anos, mesmo sem conseguir uma sede fixa.

Em 2002 levamos o projeto para a quadra da Escola de Samba da Estação Primeira de Mangueira. Ali montamos uma ópera popular brasileira, a partir da Electra de Sófocles.

“Electra” na Mangueira.

 

O TUERJ e o CETE foram responsaveis pela formação de artitas e técnicos, que recebiam do SATED-RJ, uma autorização provisória para exercer sua atividade profissional por um ano. Muitos seguiram nas artes cênicas e conquistaram seu registro profissional permanente.

No Nós do Morro durante três anos atuei como professora de improvisação e prática de montagens – Ali mesmo no Vidigal. Foi onde tudo começou duas decadas antes. Eu já conhecia o trabalho. Reencontrei grandes amigos e parceiros.

O Convite veio no momento em que o Nós do Morro estava abrindo novas turmas, para receber alunos de diferentes lugares, idades e classes sociais, e  expandindo sua atividade para todo o Estado. Fazendo oficinas para preparar os alunos mais experientes como repetidores do método de ensino e trabalho.

Guti Fraga – um dos diretores da Cia Teatral Nós no Morro.

 

Quando participei do Theatro Musical Brasileiro, o Luis Antonio Martinez, revelou o desejo de criar uma companhia permanente de teatro para montar musicais. Mas, em meio ao sucesso e encanto que o espetáculo desfrutava aconteceu o trágico assassinato do Luis. Teria sido uma aventura fantástica. Luis era dono de uma imaginação riquíssima e era um colega adorável, apaixonado pelo teatro, pela música, e pelos atores.

Theatro Musical Brasileiro – Andrea Dantas.

Theatro Musical Brasileiro – Andrea Dantas.

Espetáculo: “A Saga da Farinha”.

Theatro Musical Brasileiro.

Espetáculo: “A Saga da Farinha” – Theatro Musical Brasileiro.

 

Espetáculo: “Se Correr o Bicho Pega…” – Direção: Antonio Pedro.

 

F.FACHETTI – Na sua presença como intérprete na televisão, como se sente nesta linguagem imediatista? Como foi a experiência nessa recente empreitada, no período pandêmico – com seu lindo trabalho na novela “Amor de Mãe”?

Escolha mais duas obras desse gênero que nos exige “muito menos trejeitos e dramaticidade para a cena”, ao contrário do teatro, e comente da sua atuação nessas novelas, e como cria esses contornos de atuação na tela midiática?

 

ANDREA DANTASA essência do trabalho permanece a mesma. Buscar a emoção plena, a relação entre os personagens e suas motivações. E ler, estudar e mergulhar no texto. 

O ritmo de produção realmente afeta o trabalho. Com o tempo passei a  entender um pouco melhor a dinâmica da TV. E é possível imaginar uma relação com o espectador. Hoje em dia me sinto mais à vontade, e quase tão confortável como no palco.

Durante o isolamento foi possível conhecer e explorar melhor a tecnologia que já usávamos.

Amor de Mãe foi uma participação realmente especial para mim. Sou fã de novelas, e estava acompanhando quando recebi o convite. Fiz uma participação antes da pandemia. E voltei para mais uma diária na retomada, duranrte a pandemia, antes da vacinação começar, depois de meses de isolamento, acompanhando os números, tentando entender a barbárie e como nos protegermos foi um tanto perturbador.

 

Novela: “Amor de Mãe” .

Em “A Vida Alheia”, seriado de Miguel Falabella – diridigo por Cininhha de Paula e Cris D’Amat – tive minha primeira chance de aprender um pouco mais sobre a arte de interpretar para uma câmera de Tv. Fiquei muito feliz. E gostei do resultado. Meu personagem tera uma “Mulher à beira de um ataque de nervos” que amei fazer. Era bem teatral.

“Em Brasil a Bordo” (mais uma parceria Miguel / Cininha), e depois de ter participado de muitas outras obras para a tv, sempre com participações curtas, concluí meu “estágio” na Tv. Na verdade o Currículo é maior do que a experiência.

Novela: “Insensato Coração”.

 

F.FACHETTI – Falando sobre cinema, discorra a respeito dos filmes: o curta “Linhas Tortas”, ainda inédito e dirigido por Lucas Villamarin; “Minha Fama de Mau”; “Plínio Marcos – Nas Quebradas do Mundaréu”. Deixe-nos conhecer um pouco dessas obras.

 

ANDREA DANTASDurante a pandemia filmamos em Friburgo o curta “Linhas Tortas” dirigido pelo Lucas Villamarim. O set do Cinema tem uma energia única. Ali sim, é possível acompanhar cada um dos fundamentos – do figurino à continuidade, do movimento de camera à luz, da escolha da locação à direção de arte, todo o desenho de produção até a equipe local. E a virtuosa coreografia que o pessoal da pesada faz diante dos nossos olhos, no momento da ação!

Set de gravação do curta “Linhas tortas”.

 

Em “Minha Fama de Mau” fiz minha participação, que foi muito rápida. Já assisti várias vezes. O filme é encantador. Vale muito assistir. Deixa a alma leve. Confesso que em cinema me sinto ainda uma principiante.

O filme sobre o Plinio Marcos, dirigido e produzido pelo Julio Calasso, meu companheiro de muitas jornadas, e parceiro durante 22 anos, foi mais uma experiência de produção, incluindo editais, captação de recursos, prestação de contas.

Foi o quarto documentário que fizemos juntos. Já estávamos casados durante o processo de criação e produção dos três anteriores, dirigidos e produzidos pelo Julio: O Incrível Encontro, Electra na Mangueira e Electra no Municipal. Esses três documentários revelam o trabalho do CETE – mostram o segundo ato, do processo iniciado em 1992 na UERJ, retomado em 1999, na Fundição. Dali seguimos para a quadra da Estação Primeira de Mangueira. Passamos pelo Teatro Casa Grande, antes de sua reforma, e pelo Villa Lobos. E levamos a nossa Electra até o Teatro Minicipal.

Ainda sobre o cinema tenho uma lembrança feliz de Ópera do Malandro de Rui Guerra. Foi a primeira vez em que pude ver de perto uma cidade cenográfica que recriava a Lapa antiga, no Pavilhão de São Cristóvão. O Rui é o cineasta por natureza. Nenhum detalhe lhe é indiferente.

Rui era amigo dos meus pais. Da turma da praia, e do cinema. Ali entendi porque meu pai, o ator Nelson Dantas, era tão apaixonado pelo set de filmagem.

 

F.FACHETTI – Em comemoração ao seu valioso trabalho de excelência que completam 40 anos, é de extremo necessário que desfie, alumie, fale, sobre cada uma das cenas teatrais marcantes que elencarei.

São eles: “Macbeth” de Shakespeare, direcão de Aderbal Freire filho; “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio”, direção de Antonio de Bonis; “Bilac Vê Estrelas”, de Thereza Falcão; “Uma Praça Entre Dois Prédios”, direção de Georgette Fadel; “Estúpido Cupido” de Flavio Marinho e direção de Gilberto Gawronski; “Casa Caramujo”, texto e direção de Gustavo Paso; “A Festa de Aniversário” de Harold Pinter e direção de Gustavo Paso; “As Crianças”, texto de Harold Pinter  e direção de Rodrigo Portella; “O Diabo em Mrs. Davis”, texto Jaú Sant’angelo e direção de Aloísio de Abreu.

 

ANDREA DANTAS“Macbeth” de Shakespeare, foi meu terceiro trabalho sob a direcão de Aderbal Freire filho. Aderbal traz todas as questões, provocando uma reflexão permanente sobre o texto, através de sua poderosa gramática de direção. Sua assinatura é inconfundível. Essa aventura coloca os atores como co-criadores nesse processo desafiador de descoberta do espetáculo.

“Macbeth” dirigido por Aderbal Freire Filho.

Aderbal Freire Filho.

 

Já havia trabalhado com o Antonio de Bonis. Seu humor e leveza nos convidam a usar a alegria e o prazer como canal de criação. Um gentleman.

“Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio”, dirigido por ele, faz parte de uma longa série de substituições que fiz na minha carreira. E nesse espetáculo tive a oportunidade de fazer dois personagens diferentes, uma experiência muito rica para qualquer ator. Gosto muito de substituições. Há tanto o que aprender e tanto o que aproveitar naquilo que um colega criou para a cena. E ao mesmo tempo é uma novidade para os companheiros de cena.

Espetáculo: “Emilinha e Marlene” dirigido por Antonio de Bonis.

 

Andrea Dantas fez duas substituições.

Em “As Crianças” surgiu a oportunidade de substituir minha amiga Stela Freitas, que foi colega de grupo no Tem Folga na Direção. E tive a chance de ser dirigida pelo Rodrigo Portella, tão jovem e seguro quanto talentoso. De uma delizadeza especial, Rodrigo conduz o ator a emoções e nuances preciosas. 

Espetáculo: “As Crianças” – Andrea Dantas em cena.

Os grandes intérpretes: Andrea Dantas , Analu Prestes e Mario Borges.

 

Em cena: Andrea Dantas e Mario Borges.

“As Crianças” – direção Rodrigo Portella.

“As Crianças”.

“As Crianças”.

Equipe técnica e atores do espetáculo: “As Crianças”.

 

Em “Bilac Vê Estrelas” substituí minha querida amiga e maravilhosa atriz Alice Borges.

Aqui a experiência foi radical. João Fonseca e Alice transformaram um “número de cortina” num acontecimento à parte. Eu nem tentei imitá-la. Alice tem um carisma e uma capacidade de comunicação e interação com o público our concours.

O espetáculo era uma verdadeira jóia. Elenco maravilhoso dando vida a uma inspirada versão musical deliciosa de uma passagem da história do Brasil.

Espetáculo: “Bilac vê Estrelas – Andrea Dantas substitui Alice Borges.

 

No “Estúpido Cupido” substituí Clarisse Derzie Luz. Uma delícia de espetáculo, uma oportunidade de reencontrar amigos. Todo musical é sempre uma festa. Adoro ensaios de música e coreografia.

Espetáculo: “Estúpido Cupido” de Flavio Marinho. Direção: Gilberto Gawronski.

Andrea Dantas substitui Clarisse Derzie Luz.

 

Ainda não conhecia a obra de de Harold Pinter, quando o diretor Gustavo Paso me convidou para fazer “A Festa de Aniversário”.

 

Andrea Dantas em cena.

Andrea Dantas em: “Festa de Aniversário” de Harold Pinter.

Direção: Gustavo Paso.

Andrea Dantas em “Festa de Aniversário”.

Andrea Dantas em “Festa de Aniversário”.

“Festa de Aniversário”.

“Festa de Aniversário” direção: Gustavo Paso – com Andrea Dantas.

“Festa de Aniversário”.

 

O processo de criação do espetáculo foi intenso. Gustavo talvez tenha sido o diretor mais inquieto e desafiador com quem trabalhei. Mesmo depois de um ensaio perfeito sempre havia algo a experimentar ou aprofundar. É apaixonado e incansável. Me conduziu a uma indicação a prêmio de melhor atriz.

Espetáculo: “Festa de Aniversário”.

“Festa de Aniversário”.

“Festa de Aniversário”.

 

Foi a Guida Viana quem ficou com o troféu CesGranRio. Ela foi brilhante em Agosto e na festa da entrega do Prêmio foi a voz que melhor representou o povo do teatro.

Quando Gustavo Paso me chamou para subdtituir uma atriz em “Casa Caramujo”, tive o enorme prazer e a responsabilidade de atuar para o publico infantil. Fiquei preocupada na primeira leitura.

O texto aborda de forma direta a questão da morte, através do universo mágico do teatro de bonecos. Crianças e adultos ficavam realmente emocionados com a beleza do espetáculo. O mesmo acontecia com os espetáculos do Grupo Navegando, sempre acreditamos que a criança é capaz de compreender muito além do que é oferecido numa “peça para entreter crianças num fim de semana”.

“Uma Praça Entre Dois Prédios”, dirigido pela corajosa e apaixonante Georgette Fadel, com o texto brilhante da Paula Vilela, foi o resultado de um processo de criação coletiva. O elenco era formado de artistas jovens, que me ensinaram muito sobre teatro do absurdo. Seria maravilhoso retomar esse projeto.

Trabalhamos a maior parte do tempo em espaços abertos. A curta temporada foi numa praça. Depois de conquistarmos o prêmio do Edital para circular por outros espaços públicos em todo o município, infelizmente, junto com muitos outros grupos e artistas, levamos o calotep prefeitura, logo depois do golpe de 2016.

Espetáculo: “Uma Praça Entre Dois Prédios” de Paula Vilela.

Direção: Georgette Fadel.

“Uma Praça Entre Dois Prédios” – direção: Georgette Fadel.

 

Espetáculo: “Uma Praça Entre Dois Prédios”.

Direção: Georgette Fadel.

Espetáculo: “Santa Joana” – Andrea Dantas.

 

Espetáculo: “Navalha na Carne”.

Direção: Anselmo Vasconcellos.

Espetáculo: “Navalha na Carne” de Plínio Marcos.

 Direção: Anselmo Vasconcellos.

Andrea Dantas em “Navalha na Carne” de Plínio Marcos.

 

“Navalha na Carne”.

“Navalha na Carne”

Espetáculo: “Crioula” – Texto e direção de Stela Miranda.

Com Andrea Dantas e Tuca Andrada em cena.

Espetáculo: “Cabra Marcado pra Correr – Guga Melgar.

Espetáculo: “Lima Barreto ao Terceiro”.

 

Espetáculo: “Onde Canta o Sábia” de Gastão Torjeiro.

 Andrea Dantas e Chico Lima.

 

Espetáculo: “Ricardo III – Andrea Dantas.

Direção: Antonio Pedro.

 

F.FACHETTI – Terminando e fechando com chave de diamante, como costumo dizer, com Andrea Dantas – “Insuportavelmente”, ou seja, magnífica, em cena como Mrs. Davis – foi assim que coloquei na crítica teatral do espetáculo. Comente sobre esse marcante momento cênico, com esse monólogo, para o cenário cultural – comemorando seus 40 anos de ofício.

 

ANDREA DANTASQuando o Jaú Sant”Angelo me convidou para fazer O Diabo em Mrs. Davis, pensei imediatamente nos meus queridos amigos Aloísio de Abreu para a Direção, e Marcelo Marques para o Figurino. Para o Visagismo Jaú convidou o Walter do Valle, com quem eu havia trabalhado, lá no início da minha carreira. 

Andrea Dantas em “O Diabo em Mrs. Davis” de Jau Sant’Angelo.

Direção: Aloisio de Abreu.

“O Diabo em Mrs. Davis”.

Andrea Dantas em “O Diabo em Mrs. Davis” de Jau Sant’Angelo.

 

Meus parceiros foram preciosos, e a estreia coincidiu com meus 40 anos de teatro. Nada melhor que uma peça para comemorar a data. 

Andrea Dantas e o diretor Aloisio de Abreu.

 

Durante a pandemia, Ana Beatriz Nogueira me convidou para fazer a peça no Teatro Com Bolso. 

E assim surgiu a oportunidade de interpretar Bette Davis para as câmeras.

Então meu companheiro Julio Calasso e eu mergulhamos profundamente na direção do Aloísio – meu parceiro de tantas aventuras na arte e na vida. 

Agora a ficha técnica do espetáculo estava completa. 

Julio e eu fomos sócios, namorados e parceiros durante 22 anos. Mas foi nesse monólogo, que finalmente tivemos a chance de trabalhar como atriz e diretor. 

“O Diabo em Mrs. Davis” – 40 anos de ofício de Andrea Dantas.

“Completar 40 anos de teatro merece uma comemoração. Nada melhor que uma peça para comemorar. Melhor ainda quando a vida nos surpreende com uma aventura… um desafio! Que mais uma atriz pode desejar? ‘O Diabo em Mrs. Davis’ é o presente que o teatro me deu. Uma mulher real, corajosa e perigosa. Assim era a diva do grande cinema. Uma atriz com ‘A’ maiúsculo. 

Andrea Dantas em “O Diabo em Mrs. Davis de Jau Sant’Angelo.

Direção: Aloisio de Abreu.

Andrea Dantas como Mrs. Davis.

 

“O Diabo em Mrs. Davis” – monólogo de Andrea Dantas.

 

Viver uma mulher que em toda a sua trajetória esbanjou talento, determinação e personalidade é o maior prazer que o teatro pode me oferecer. Afinal, não comecei ontem e nem pretendo parar amanhã. O que mais é preciso para querer estar no palco mais uma vez?”

 

ANDREA DANTAS – ATRIZ, DIRETORA, ACTOR’S COACH, AUTORA.

 

 

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ANDREA DANTAS.

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1 Comment

  • Jau
    Posted 03/11/2021 at 11:40 0Likes

    Andrea Dantas maravilhosa!
    Inteligentíssima! Atriz extraordinária.
    Valeu Francis Fachetti👏❤️

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