“RETROSPECTIVA” – Rita Fischer: Atriz. Por Francis Fachetti

Temporada 2022 – Blog/Site:

“RETROSPECTIVA”

Projeto:

“Entrevistas NECESSÁRIAS”

O Blog/Site iniciou a temporada de retrospectiva das inúmeras (78) homenagens feitas aos artistas das artes cênicas em geral – teatro, dança, cinema…

Esse retrospecto volta para cena teatral com a necessária/talentosa atriz e autora – RITA FISCHER.

Antes, uma atualização dos últimos trabalhos efetuados por Rita, e logo abaixo a retrospectiva de sua – Entrevista NECESSÁRIA.

Rita Fischer.

Rita Fischer.

Cartaz de “Caos” – belo e necessário espetáculo que fiz a crítica teatral.

 

 

Ao longo da pandemia, Rita Fischer criou uma série de vídeos no Instagram intitulada “COMO SOBREVIVER A MIM MESMA NESTA QUARENTA”; foram muitos, mais de 100, alguns atingindo 500 mil espectadores e ficou evidente a necessidade de se levar adiante este projeto.

Rita Fischer em: “Como sobrevivi a mim mesma nesta
quarentena”.

Rita Fischer então resolveu escrever uma peça solo baseada nestes vídeos chamada “COMO SOBREVIVI A MIM MESMA NESTA QUARENTA”.

Foi convidada para participar do festival internacional em Portugal chamado Fair Saturday, e o seu espetáculo foi o segundo evento mais visto em todo o festival.

 

 

Depois do festival, realizou mais algumas apresentações pela plataforma Sympla e obteve um retorno muito satisfatório!! Atualmente ela se inscreve em editais e procura pauta para levar esse projeto
adiante.

Rita Fischer é formada em psicologia. Fez canto lírico, e ballet clássico. Mas “precisou encarar seus desejos profundos”, assim diz ela. Eu diria, que ela precisava atender os apelos do universo; e contra o universo ninguém pode – desbravou à carreira artística, e se tornou uma bela atriz e autora teatral, é o que temos visto.

Trabalhou por seis meses com Paulo Gustavo, numa experiência que só ratificou seu lado de humor contagiante, inquieto e carismático.

Consolidou sua vocação teatral na instituição CAL – Casa de Artes Laranjeiras.

Com a Cia. Teatral Alfândega 88, foram contemplados com o Prêmio Shell de Teatro, com a ocupação no teatro Serrador. Cia. dirigida pelo diretor Moacir Chaves.

Dentre suas criações literárias, destacam-se: A comédia “NEURA”, que fez turnê na Europa; “CAOS”, que também fez temporada européia.

Trabalhou com vários diretores de grande credibilidade na cena cultural:

Márcio Libar, Moacir Chaves, Ivan Sugarrara, Andy Gercker, Amir Haddad e João Fonseca.

De sua autoria, concomitante, com seu pai – o respeitado crítico teatral: Lionel Fischer – escreveram “Safari Terapêutico”.

O espetáculo “CAOS”, de sua autoria – que eu tive o prazer de fazer uma crítica teatral bem positiva, que faz parte das críticas
desse Blog/Site – fez temporada, antes de ir para Europa (Lisboa e Porto), nos teatros: Serrador, Sérgio Porto, Fuska Bar, Midrash, e agora volta online, pelo Sympla, dia 30/8, às 18:00 hs.

Rita Fischer ganhou o prêmio no Festival de Internacional de Humor do Oi Futuro, de melhor autora e júri popular.

Alguns espetáculos que atuou:

– “Pequenos Poderes”, texto de Diego Molina e direção Breno Sanches; “Foguete”, texto e direção de Ivan Sugarrara; “Sarau das Putas”, direção de Ivan Sugarrara;“Negra Felicidade”, direção de Moacir Chaves, com a Cia. Alfândega 88; “Labirinto”, de Qorpo Santo, direção de Moacir Chaves; “Neura”, de Rita Fischer – com Rita
Fischer e Wagner Trindade, direção Andy Gercker; “Dona Otília e outras histórias”, de Vera Karam; “Cabaré dos Ruim”, direção de Márcio Libar; “Safari Terapêutico”, texto de Lionel Fischer e Rita Fischer; “Mambembe”, de Arthur Azevedo, direção: Amir Haddad; “A pena e a Lei”, de Ariano Suassuna, direção: João Fonseca.

Em cena: Rita Fischer e Maria Carol Rebello em “CAOS”.
Foto: Guga Melgar.

 

Entrando na Retrospectiva da Entrevista NECESSÁRIA com:

RITA FISCHER.

– F.Fachetti – Decomponha um paralelo com à sua formação em psicologia e carreira artística. No seu olhar, o que acrescentou na sua caminhada, no ser humano Rita?

 

– Rita Ficher: Eu fiz psicologia talvez por uma cobrança minha ou “familiar”. Eu era muito tímida quando criança, e fui fazer teatro bem mais tarde. Comecei com canto lírico e ballet clássico. Daí chegou a hora que precisei encarar os meus desejos mais profundos. O teatro obviamente era um deles. Eu vi que ser psicóloga não era minha postura no mundo. Hoje ajudo as pessoas com meu humor, meu amor, minha generosidade e vontade real de transformar dores e levar felicidade para as pessoas.

 

 

– F.Fachetti – Paulo Gustavo é um artista midiático, de humor, como você, que também tem esse lado aflorado. O que você aprendeu nessa experiência?

 

– Rita Fischer: Aprendi muito fazendo peça com ele. Principalmente superar meus medos, que não são poucos. De uma hora para outra, estar dividindo o palco não é mole. O cara é gigante! Eu só fazia cena com ele, e tinha só plateia lotada. Eu não tive tempo de ensaio, estava fazendo uma substituição. Foi bem legal.

 

 

– F.Fachetti – Conta para mim – que também sou ator – como foi sua formação artística na CAL, Casa de Artes de Laranjeiras?

 

– Rita Fischer: CAL foi legal pelos amigos que fiz. Mas aprendi teatro MESMO com os Mestres: Amir Haddad, Moacir Chaves, Márcio Libar e o meu Lionel Fischer… Estes me ensinaram!!! Acho que eles deveriam ser mais reconhecidos. PROCUREM ESTES CARAS! Se querem realmente saber sobre teatro.

Em cena: Rita Fischer e Maria Carol Rebello em “CAOS”.

Foto: Andrea Rocha.

– F.Fachetti – Prêmio com a ocupação da Cia. Teatral Alfândega 88. Como foi essa vivência, nesse celeiro de oportunidades relevantes?

 

– Rita Fischer: A Cia. Teatral que eu fazia parte, dirigidapelo incrível Moacir Chaves, ganhou o teatro Serrador para administrar e eraMUITO TRABALHO que tínhamos! MUITO!!! Ficava lá de domingo a domingo, trabalhava na bilheteria, limpava o chão, carregava PEDRA! Não é piada! Uma sala que fizemos obra. E fazíamos nosso repertório de peças todos os dias. Aprendi muito! Sou uma atriz melhor hoje graças ao Moacir Chave, e ao trabalho carinhoso, humano, revelador, paciente e transformador, que ele realizou comigo. Sou profundamente grata e encantada por ele.

 

– F.Fachetti – Você trabalhou com nomes respeitados, diretores teatrais de grande credibilidade: Márcio Libar; Moacir Chaves; Ivan Sugarrara; Andy Gercker; Amir Haddad e João Fonseca. Defina em poucas palavras cada um deles?

 

– Rita Fischer: Difícil falar em poucas palavras, por serem muito grandes e generosos, e cada um possui à sua especificidade. Sou muito grata a todos eles. É claro que teve mais gente por aí, pessoal. Mas esses de cima foram, com CERTEZA ABSOLUTA, os que fizeram toda esta revolução dentro de mim.

 

 

– F.Fachetti – Eu fui um dos convidados de seu “Jantando com Rita Fischer”- projeto de pandemia. Lives que você demonstra desenvoltura, com muito humor necessário. O que mais te surpreendeu nessa iniciativa?

 

– Rita Fischer: Em relação aos meus “jantares”? Foi umsucesso, ainda é.  Achei que não teria ninguém, rsrs, e sempre estávamos com uma casa cheia. Sou uma pessoa muito, muito determinada! Nunca vi ninguém assim como eu. Chego às vezes ficar com “pena” de mim, me mando ir
descansa; mas eu não consigo.Toda essa determinação, culmina por vezes em coisas legais. O “jantar” foi uma delas. Lives interessantes com temas atuais; Budismo, astrologia, numerologia, Kabbalah, hooponopono… como eu mesmo dizia eram lives espirituais e sociais.
Para ajudar as pessoas a saírem de suas respectivas escuridões. E aconteceu!

 

 

 

 

– F.Fachetti – Você escreveu “Safari Terapêutico”, junto com seu pai, Lionel Fischer. Fale dessa experiência, e como é ser filha desse credível crítico teatral?

 

– Rita Fischer: Foi legal. Temos maneiras diferentes de trabalhar com a escrita. Ele é muito apolíneo, e eu totalmente dionisíaca. Daí uma mistura boa. Eu escrevo, eu jorro, sou puro inconsciente. Depois eu corrijo, conserto. Ele não. Já tem um “super ego”. Mas foi ótimo!

 

– F.Fachetti – Como surgiu o espetáculo “CAOS”? De onde veio a inspiração?

 

– Rita Fischer: CAOS surgiu sem pretensão alguma. Escrevi contos no facebook de coisas que vivia e me atravessavam, como ir na feira e ver um cara pegando comida no lixo, ver uma criança na rua, maus tratos, cachorro abandonado. Ser mau tratada num estabelecimento… daí chegava em casa e “desabafava” escrevendo crônicas no face. Faziam muito sucesso! As pessoas falavam: ”Quando você não escreve, meu dia não é o mesmo, escreve um livro”. Assim eu fiz. Já estamos indo para a sexta temporada e passei 3 meses em Portugal com esta peça.

Rita Fischer e Maria Carol Rebello em “CAOS”.

Foto: Andrea Rocha.

Rita Fischer e Carol Rebello.

Rita Fischer e Carol Rebello em “Caos”.

– F.Fachetti – O espetáculo “CAOS”, que tive o prazer de fazer a crítica teatral em sua temporada, volta em cartaz, online, dia 30/8, pelo Sympla. Esmiúce para gente essa necessária empreitada cênica, que te levou à Europa.

 

– Rita Fischer: Sim, estamos reestreando “CAOS”, dia 30/8, online, pela plataforma Sympla. Acho que posso dizer que nunca realizei algo TÃO DIFÍCIL na minha vida.

Fazer uma peça dentro do meu quarto, olhando para o micro buraco da câmera do celular, e tudo à volta para distrair…dispersar.Não temos o silêncio de um teatro, a luz, música. Mas não importa. Por que vamos tirar “leite de pedra”! Vamos surpreender e está ficando MUITO LEGAL! A equipe é formidável! E o produtor Lucas Mansour arrasa! Eles são muito bons – rápidos e competentes. O diretor -Thiago Bolmicar
Braga é simplesmente o máximo, e está arquitetando isso tudo com muita maestria, inteligência e brilhantismo.

Maria Carol Rebello, que também faz a peça comigo, executa lindamente, e é uma ótima atriz e companheira de cena.

“CAOS” será sucesso novamente porque fala de amor, de dor e como fazemos para transformar o mundo para que ele seja melhor para todos nós. Aguardo vocês. Estarei entregando o meu melhor, a minha melhor
versão para!

Com amor: Rita Fischer.

Rita Fischer e Maria Carol Rebello em “CAOS”.

Foto: Andrea Rocha.

Espetáculo “Caos”.

Em cena: Rita Fischer e Maria Carol Rebello em “CAOS”.

Foto: Guga Melgar.

– F.Fachetti – A comédia “Neura”, também foi escrita e atuada por você. Como foi esse processo?

 

– Rita Fischer: “Neura” surgiu com um esquete que apresentei num Festival Internacional de Humor, que acabei ganhando vários prêmios, inclusive o de melhor autora. Daí, depois escrevi uma peça com este esquete, e
mais outros 6, e montei uma peça. Fiz sucesso no teatro Miguel Falabella, depois apresentei no Casino de Estoril, em Portugal. Era bem legal. Contava a história de um casal, e a Matilde, personagem que eu fazia, era totalmente
neurótica, temperamental, ciumenta, mas muito engraçada. As pessoas se identificavam com ela e com a peça, principalmente.

 

 

 

Simplesmente:

RITA FISCHER.

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