BLOG/SITE DE CRÍTICAS TEATRAIS E DE DANÇAE FACHETTI PRODUÇÕES
APRESENTA:
TRAJETÓRIA DOS OPERÁRIOS DAS ARTES
O Blog/Site iniciou a temporada de Retrospectivas e INÉDITAS das inúmeras homenagens feitas aos artistas das artes cênicas em geral – teatro, dança, cinema, técnicos:
Operários das Artes – Documento Cultural.
“Entrevistas NECESSÁRIAS”, inserido nesse Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança, no começo da pandemia, sendo uma homenagem em forma de Documento Cultural – Trajetória dos Operários Das Artes -, aos artistas de inúmeras áreas do universo artístico.
Recortes de inúmeros trabalhos Necessários e Emblemáticos de Diogo Vilela.
INÉDITA!!!
Documento Cultural:
Entrevista NECESSÁRIA:
Trajetória dos Operários Das Artes
Com:
DIOGO VILELA
Ator
Entrando na Inédita
Entrevista NECESSÁRIA com:
DIOGO VILELA
– Francis FACHETTI – Dentre minhas abissais pesquisas na sua carreira aurífera e tarimbada para todo sempre – é de extremo necessário – que o público saiba de valiosas passagens dos primórdios do seu caminhar onde você se fez: DIOGO VILELA; toda minha deferência à sua construção e àqueles imprescindíveis que te conduziram.
Precisamos muito que descortine em pormenores três nomes em sua carreira – onde através do começo diferenciamos você e os seus. Nos conte o que for possível.
·DOMINGOS DE OLIVEIRA: Incluindo o espetáculo “Era Assim Nos Anos 50”, com texto dele;
Diogo VILELA – Conheci Domingos de Oliveira através de Ziembiski que tinha me visto em uma peça de teatro e ficou muito impressionado com meu trabalho, segundo ele.
Essa apresentação resultou em um convite para um teste do espetáculo Ensina- me a Viver onde depois de ser aprovado por Mme Morineau pude fazer o personagem Haroldo.
Domingos na verdade foi um divisor de águas na minha carreira, me convidando mais tarde para fazer “Era Uma Vez nos anos 50” . Nessa peça pude mostrar pela primeira vez minha capacidade de comediante o que me foi muito favorável na época.
·ZIEMBISKI: Incluindo o espetáculo “A Verdadeira História da Gata Borralheira”, a partir daí ele te chamou para vários trabalhos na tv, não foi assim? Comente tudo isso, por favor!
Diogo VILELA – Certa vez, eu fazia um espetáculo chamado A Verdadeira História da Gata Borralheira.
Em uma das sessões foi anunciado que Ziembiski iria ver a peça para escolher um jovem para trabalhar na TV.
Como a peça tinha no elenco meu colega Lauro Corona, eu deixei de ter esperanças no convite que Ziembiski faria. Quando de repente ele entrou no almoxarifado do teatro Casa Grande e com uma voz altíssima falou: Você é antes de tudo um ator de teatro, mas como farei uma série na TV vou precisar de você!
Eu fiquei ao mesmo tempo feliz e assustado e na semana seguinte fui ter com ele em seu escritório na rua Lopes Quintas e em seguida comecei a gravar várias séries “APLAUSO” como protagonista com elenco primoroso.
Elas foram MARCHA Fúnebre de Osman Lins… direção de Sérgio Brito com Tereza Rachel.
O Poço de Mário de Andrade direção de Roberto Santos com Isabel Ribeiro.
OH juventude, adaptação da obra de Eugene Oneil com Nathalia Timberg e Leonardo Vilar – direção de Domingos de Oliveira.
Ziembiski foi assim – uma espécie de padrinho da minha carreira no teatro tanto por ter me apresentado e recomendado ao Domingos; quanto pela amizade que tive com ele até a sua morte.
Uma pessoa que me falava de Cecília Becker e me contava fatos sobre o TBC.
Eu, aos 21 anos, pude então, atraves dele entrar em contato com um mundo mágico do Teatro do qual vivo até hoje!
·MADAME MORINAU: Incluindo os dois espetáculos “Harold and Maude” e “Ensina-me a Viver”. O que essa grande dama te ensinou? Fale sobre ela e sua ética da Comédia Française.
Diogo VILELA – Quando Domingos de Oliveira me falou de Morineau, ele disse que eu precisava domar a fera, porque Morineau era uma grande trágica oriunda da Comèdie Française…
Ela, quando trabalhamos na peça Ensina – me a viver, pode me passar toda a sua técnica – me ensinando pérolas como saber sustentar a pausa em um texto quando representado.
Sua generosidade foi essencial pata minha formação como ator.
– Francis FACHETTI – Não poderia pedir para você deixar de falar da grande visibilidade que o audiovisual te proporcionou. Como sabemos o ator se faz no teatro, porém, a ilusão necessária da tela nos transporta para os corações das pessoas em segundos.
Conte o que achar necessário a respeito da Teledramaturgia e Cinema – cite pelo menos duas novelas e um filme que marcou sua criação – e comente o olhar do ator Diogo Vilela nessas duas linguagens imediatistas, mágicas e fascinantes. Fale o que quiser com toda sinceridade que lhe parece ser peculiar.
Além da narrativa acima, gostaria que falasse sobre o incontestável “TV PIRATA” e do filme: “O Grande Mentecapto” de Fernando Sabino.
Dentre os atuais projetos no audiovisual – tv e cinema – teremos algum trabalho a estrear? Pode falar sobre?
Diogo VILELA – A TV sempre foi para mim algo difícil e embora eu precisasse estar nela.
Como eu vinha do Teatro, precisei adequar meu temperamento de ator para realizar os trabalhos dos quais tinha sido contratado.Embora, eu precisasse estar na TV por uma questão de sobrevivência,nunca fiz nada que não tivesse dedicação máxima de minha parte e por sorte tive um padrinho chamado Ney Latorraca que me indicou ao Silvio de Abreu para fazer a novela Sassaricando no papel que ele mesmo havia sido escalado, mas, não pode fazer por estar fazendo Irmã Vap no Teatro.
A generosidade da indicação do Ney, me trouxe a personagem Leozinho Raposo que foi um sucesso absoluto na novela.Daí em diante fui convidado por Guel Arraes e Paulo Ubiratan para fazer TV Pirata, o resto veio completar uma parceria de 35 anos na TV Globo.
Fiz diversos longas metragens começando com O Grande Mentecapto da obra de Fernando Sabino, meu primeiro protagonista na tela grande.
Não sei porque, embora eu tenha crescido no teatro,me sinto totalmente adequado como ator a técnica cinematográfica.
Desde o começo senti imensa identificação com a câmera e isso resultou em vários filmes futuros dos quais hoje muito me orgulho de ter feito.
Acabo de fazer com Marisa Orth uma série de streaming que deve estrear no segundo semestre deste ano e chama-se … “Boddy By Beth” … uma obra escrita por Carol Castro que me deu um personagem incrível chamado He Man.
– Francis FACHETTI – Abaixo elenquei uma série de espetáculos para você discorrer um pouco sobre cada um deles. Seria um enorme serviço público para todos – e a cultura continuará a agradecer.
Fale o que quiser sobre cada um para registrar esse grande momento desse Documento Cultural – Entrevista NECESSÁRIA – Sua trajetória como um dos maiores: OPERÁRIOS DAS ARTES.
São eles:
·“Solidão – A Comédia”. Texto: Vicente Pereira. Direção: Marcus Alvisi.
Diogo VILELA – SOLIDÃO A COMÉDIA : Escrita por Vicente Pereira e dirigida por Marcus Alvisi… foi meu primeiro monólogo e também primeira produção minha.
Nessa peça eu fazia 6 personagens diferentes cujos conflitos eram oriundos de uma linguagem única escrita por Vicente Pereira o pai do movimento chamado de Besteirol .
Foi um sucesso retumbante permitindo que eu ficasse4 anos em cartaz.
“Solidão – A Comédia”, monólogo de Vicente Pereira em que eu fazia 5 personagens.
·“Diário De Um Louco”. De Nicolau Gogol. Direção: Marcus Alvisi.
Diogo VILELA – “Diário de Um Louco”, de Gogol, foi um grande ou talvez um dos maiores sucessos da minha carreira!
Outro monólogo dirigido por Marcus Alvisi.
Nessa peça pude entrar no universo da loucura fazendo laboratório em um centro psiquiátrico do Rio – o que muito me ajudou na temperatura de uma interpretação que, sem aprofundidade necessária poderia resultar em um clichê!
·“Hamlet, de W. Shakespeare”. Direção: Marcus Alvisi.
Diogo VILELA – HAMLET – direção de Marcus Alvisi – foi um sonho realizado no Teatro.
Talvez todo ator almege essa personagem tão emblemática de Willian Shakespeare.
Depois disso fiquei tão apaixonado que anos mais tarde dirigi e produzi Otelo do mesmo autor.
·“Navalha Na Carne”. De Plínio Marcos. Direção: Marcus Alvisi.
Diogo VILELA – “Navalha na Carne” – direção de Marcus Alvisi -, foi um texto vertiginoso que me apresentou ao seu autor:Plínio Marcus de quem pude desfrutar de uma amizade e grande companheirismo por parte dele que passou a frequentar meu camarim todas as noites quando fizemos a peça em São Paulo.
Foi um convívio de grande ensinamento para mim com experiências sobre o teatro que guardo comigo até hoje.
Eu tinha um enorme carinho por Plínio e toda a sua controvérsia como pessoa.
·“A Verdade”. De Florian Zeller. Direção: Marcus Alvisi.
Diogo VILELA – “Verdade” -direção de Marcus Alvisi -, foi uma experiência de grande valia para mim ao encenar essa dramaturgia francesa.
FLORIAN Zeller é um grande autor, tendo sido comparado a Molière em Paris.
Suas obras tanto no teatro como no cinema falam por si . Uma dramaturgia pungente cujo ritmo vem das próprias falas transformando a peça em uma espetáculo de grande qualidade.
Por essa peça recebi o prêmio de humor de Fábio Porchat.
·“5 X Comédia” – Adaptado e Dirigido por Alvisi e Vilela.
Diogo VILELA – “5 vezes Comédia” – direção de Marcis Alvisi -, foi um encontro que tive com colegas da minha geração.
Esse espetáculo soava na época como uma celebração ao teatro brindando nossa amizade.
Fomos felizes e sabíamos, na época lotando teatros de grande porte Brasil adentro, me trazendo uma grande alegria.
– Francis FACHETTI – Por favor, fale sobre o inefável espetáculo “O Pagador De Promessas”.
Diogo Vilela me respondeu: “Francis não falei do “Pagador De Promessas” – da Cia. Funarj de Repertório -, que considero um dos meus melhores personagens, por que prefiro que você de seu parecer enquanto crítico”.
Minha análise crítica, além de estar nos flyers que montei abaixo com comentários críticos e classificando como: Espetáculo NECESSÁRIO – que já diz tudo -, ainda posso dizer que a direção ressignificou de maneira delicada e com muita ousadia necessária e de imensa acuidade, onde Diogo Vilela na linguagem teatral criou sem nenhum trejeito/exagero um personagem apaixonante e com o valor de uma joia rara: minimalista e gigante. Bravo!! NECESSÁRIO!!!
Segue abaixo os flayers com críticas:
Abaixo vários espetáculos de imenso sucesso de público e crítica efetivado por Vilela:
“Cauby! Cauby!
“Ary Barroso do principio ao Fim”
Espetáculo: “Ary Barroso do Principio ao Fim”.
De Autoria de Diogo Vilela.
Espetáculo: “Metralha – A Vida De Nelson Gonçalves”
“A Gaiola Das Loucas”
Musical com Miguel Falabella
Recebendo o Prêmio Shell
Espetáculo: “Sim, Eu Aceito…”
Com Sylvia Massari
O Único Musical da Broadway com 2 personagens.
Espetáculo: “Tio Vânia” de Antônio Techevkov
Com Débora Block
Com Inez Viana na peça sobre a biografia de Elis Regina.
“Othelo” de William Shakespeare.
Simplesmente:
DIOGO VILELA