BLOG/SITE DE CRÍTICAS TEATRAIS E DE DANÇA E FACHETTI PRODUÇÕES
APRESENTA:
TRAJETÓRIA DOS OPERÁRIOS DAS ARTES
O Blog/Site iniciou a temporada de Retrospectivas e INÉDITAS das inúmeras homenagens feitas aos artistas das artes cênicas em geral – teatro, dança, cinema, técnicos:
Operários das Artes – Documento Cultural.
“Entrevistas NECESSÁRIAS”, inserido nesse Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança, no começo da pandemia, sendo uma homenagem em forma de Documento Cultural – Trajetória dos Operários Das Artes -, aos artistas de inúmeras áreas do universo artístico.
Entrevista NECESSÁRIA
INÉDITA!!!
Documento Cultural:
Trajetória dos Operários Das Artes
MARCELO MISAILIDIS
1º Bailarino do Theatro Municipal RJ
Coreógrafo; Carnavalesco e Diretor Teatral
MISAILIDIS
Ensaio no Theatro Municipal do RJ
“Dom Quixote” – 3º Ato.
“Petruccio” – no Ballet “A Megera Domada”
TRAJETÓRIA:
Do Uruguai para o Rio de Janeiro, Marcelo Misailidis iniciou sua jornada na dança em 1986 com grandes mestres.
Sua técnica e qualidade artística o destacaram nos principais papéis do repertório clássico do ballet e lhe deu grande destaque no carnaval carioca no comando das comissões de frente de grandes Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Aluno do primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Aldo Lotufo e das bailarinas Eugenia Feudorova e Tatiana Leskova despertou o interesse da Associação de Ballet do Rio de Janeiro, companhia dirigida pela bailarina Dalal Achcar, sendo contratado por ela – onde passou a trabalhar com Desmond Doyle, uma das grandes artistas Royal Ballet de Londres.
Os anos 90 chegam e com eles a rápida ascensão na carreira de Misailidis, que após um período estagiando em Cuba, ganha evidência no Festival de Dança de Joinville, onde se apresentou ao lado das principais bailarinas brasileiras.
Sua excelência profissional o leva a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro como primeiro bailarino em 1991, sendo na época, o mais jovem bailarino da história do TMRJ a ocupar este cargo, onde foi partner das maiores estrelas femininas do balé brasileiro, como Ana Botafogo e Cecília Kerche.
Entre 2006 e 2008, ocupou a vaga de diretor do Corpo de Baile do Theatro.
Durante todos esses anos de carreira, um evento é constante e se mistura à história de Misailidis.
Todos os anos desde a quarta edição, ele está presente no Festival de Joinville, onde já foi competidor, ganhando diversos prêmios; foi bailarino convidado, se apresentando em Noites de Gala, dirigiu espetáculos de cias, dirigiu Galas de Abertura, foi professor, jurado, curador e atualmente é o consultor artístico do Festival. Ou seja, uma carreira costurada pelo maior Festival de Dança do mundo.
Em 1998, inicia sua história de sucesso com as Escolas de Samba estreando na Unidos da Tijuca e seguindo, sem interrupção, até os dias de hoje – sendo o mais antigo coreógrafo em atividade, acumulando cinco campeonatos (um na Série A e quatro no Especial), vice-campeonatos e todos os prêmios do carnaval carioca, dentre eles, quatro Estandartes de Ouro.
Nestes 26 anos de Sapucaí, teve passagens pelo Salgueiro, Vila Isabel, Beija-flor, Imperatriz Leopoldinense e já tem estreia marcada na Mocidade Independente de Padre Miguel em 2025.
Atualmente, tem se dedicado a projetos pessoais como diretor e coreógrafo de espetáculos, como o ballet ST Tragédias, que estreou em 2022 no Teatro das Artes e que atualmente está em turnê pelo Rio de Janeiro.
Paralelamente, a atual temporada nos teatros, Misailidis está em plena pré-produção do novo ballet.
“Medeia”, é o espetáculo escolhido para firmar, ainda mais, seu atual momento como diretor e coreógrafo.
A obra ícone da dramaturgia universal, tem por objetivo alertar o público sobre temas importantes que são abordados a séculos, e continuam ainda hoje a despertar sentimentos estarrecedores de horror, indignação e revolta em alguns, e de absolvição por outros.
Por trás da história hedionda e de uma das mais intrigantes personagens da dramaturgia, Misailidis continuará estimulando o público a questionar, entre outros assuntos, questões importantes como a justiça num mundo machista, na qual a mulher está quase sempre subordinada a valores pré-definidos e determinados pelos homens.
Vida e arte não podem ser separadas quando falamos do Embaixador do Turismo do Estado do Rio de Janeiro, que em 2000 – também foi homenageado e premiado em reconhecimento ao seu trabalho com a Medalha de Mérito Artístico pelo Conselho Brasileiro da Dança -, sendo também representante do Conseil International de La Danse pela UNESCO.
Entrando na Inédita
Entrevista NECESSÁRIA com:
MARCELO MISAILIDIS
– Francis FACHETTI – Marcelo Misailidis é referência em técnica corpórea e de criatividade cênica – precisamos muito que nos torne um pouco mais sabedores – contando o que achar necessário, a respeito dessas lendas dos palcos. Nos conte tudo que puder. São eles:
-> Aldo Latufo;
-> Eugênia Feudorova;
-> Tatiana Leskova;
-> Dalal Achcar;
-> Desmond Doyle.
Marcelo MISAILIDIS – A formação de um artista na dança, se dá por meio de tudo que é transferido principalmente pelo contato presencial com seus mestres e professores – por ser um aprendizado proveniente de uma tradição as experiências narradas por eles carregam a essência destas vivencias -, transmitida de geração para geração os demais aprendizados teóricos embora tenham valor é inócuo como se fosse um alimento sem aroma e sem sabor.
Todos estes transferiram um pouco de sua arte que ainda hoje é referência de boa parte do que construí.
Aldo Latufo
Eugênia Feudorova
Tatiana Leskova
Dalal Achcar
Desmond Doyle
– Francis FACHETTI – Uma carreira em ascensão explícita diante de uma vocação aclarada, levando Misailidis a um estágio em Cuba, pode nos contar algo relevante desse período.
Marcelo MISAILIDIS – Minha experiência em Cuba foi importante no sentido de observar que o mundo era bem maior do que aquela bolha que eu convivia no final dos anos 80.
Percebi que ainda havia muito a desenvolver e que a concorrência iria ser grande.
Francis FACHETTI – No Theatro Municipal do Rio de janeiro esteve em cena com nossos grandes e amados expoentes – Ana Botafogo e Cecília Kerche. Como era sua relação com cada uma delas?
Relate esse conviver para todos nós nos detalhes que achar necessário, e, por gentileza ilustre citando pelo menos um dos trabalhos efetivados com cada uma delas nesse palco sagrado – onde eu já tive a inesquecível oportunidade de pisar, fazendo três montagens de “Carmem, de Bizet”.
Marcelo MISAILIDIS – O processo do nosso oficio na dança se dá no intercâmbio de relações que podem ser mais ou menos intensa, de todo modo são sempre perspectivas de interação que podem dar resultados imprevisíveis para público que recebe o espetáculo.
Ana Botafogo e Cecilia Kerche foram respectivamente duas das bailarinas com quem mais contracenei ao longo da minha carreira, e com elas carrego boa parte das memórias de minha carreira. É impossível descrever tudo pois necessitaria de páginas e páginas a respeito, pois, nem tudo se dá pela apresentação como tão importante quanto é a preparação, para cada minuto de espetáculo tem pelo menos uma hora de preparo.
De todo modo citaria o ballet ONEGIN, último espetáculo completo que dancei com Ana Botafogo como uma das principais obras que interpretei na minha carreira, e que encenamos juntos com muita maturidade e qualidade geral, e Lago dos Cisnes com Cecilia Kerche, talvez ela seja uma das melhores interpretes desta personagem no mundo.
Com Ana Botafogo – Ballet “Onegin”
Com Ana Botafogo – Ballet “Onegin”
“Gisele” – Com Ana Botafogo
Com Ana Botafogo
Com Ana Botafogo
Com Nora Esteves
Com Cecília Kerche no período que estava
Diretor do Theatro Municipal do RJ.
– Francis FACHETTI – Você me diz que um evento se amalgamou lindamente à sua vida desde sua quarta edição: Festival de Joinville. Como eu tenho como função também bailarino e bailaor de flamenco – penso que é de extremo necessário Misailidis dissertar tudo sobre esse educador período em nosso país tão castigado pelo descaso aos artistas.
Misailidis como: ‘Bailarino convidado”; “Apresentador em Noites de gala”; “diretor de Cias. e Abertura de Galas”; “Professor; Jurado; Curador e atualmente Consultor Artístico do festival -, peço que se debruce neste acontecimento de absoluta reflexão, e nos disseque tudo desse evento. Estamos ansiosos pela sua “aula” professor Misailidis. Desde já, grato!!! – O espaço é todo seu.
Marcelo MISAILIDIS – O Festival de Dança de Joinville, é sem dúvida um divisor de águas no desenvolvimento da dança no Brasil por diversos aspectos, dentre os principais, diria que um evento que está em sua 41 edição ininterruptamente, que tem seus números crescendo ano pós ano em todas as frentes, seja em participantes, obras artísticas especialmente criadas para competir, aulas, espetáculos nacionais e internacionais, diversidade de baterias e gêneros artísticos (ballet clássico, jazz, contemporâneo, sapateado, danças urbanas, danças internacionais), etc. , é um fenômeno total.
Sem dizer na quantidade expressiva de artistas que a partir desta experiência, alcançaram desenvolvimento profissional em grandes companhias do mundo e hoje são estrelas mundo a fora.
Particularmente tenho um carinho afetivo por ter passado por todas as frentes possíveis, o Festival alavancou minha carreira, participei concorrendo no Festival desde que tenho 18 anos, essa experiência me deu mais maturidade e conhecimento, anos depois voltei como artista convidado me apresentando numa mesma edição com Ana Botafogo, Cecila Kerche e Nora Esteves, o que me levou a receber o convite para ser primeiro bailarino do Theatro Municipal do RJ, posteriormente como banca julgadora, professor, membro da Curadoria Artística, encenador de espetáculos de Gala e abertura e atualmente como Consultor Artístico.
Sou muito grato a este Festival, que tornou a dança no Brasil uma das artes mais ricas, qualificadas e diversificadas artisticamente no mundo todo.
41 Edição do Festival de Dança de Joinville
Festival de Dança de Joinville
Entrevista – Festival de Joinville
– Francis FACHETTI – 1998 inicia sua caminhada na Sapucaí – que sou apaixonado e já desfilei durante 15 anos, domingo e segunda, consecutivamente. É um vício lindo, emocionante, redentor… que nos leva a lugares jamais imaginados. Bem, já estou eu chorando e viajando nos campeonatos, e não campeonatos. Preciso que nos responda algumas perguntas cruciais – queremos um raio x desse artista que abarca momentos tão NECESSÁRIOS!!!
Sendo detentor de vários campeonatos e prêmios, quem é o coreógrafo que precisa correr atrás desses galardões e quem é o Homem Misailidis? Onde eles se encontram, se separam, brigam e Choram de emoção? Esmiúce a narrativa acima.
Marcelo MISAILIDIS – Todas as escolas de samba são essenciais em seus enredos.
O Carnaval no Rio de Janeiro, é parte da vida social e da identidade cultural desta cidade, você não tem como ser indiferente a isto.
Por outro lado, contribuir para este espetáculo é quase algo natural as prerrogativas do meu oficio, onde popular e erudito fazem parte da mesma natureza, o que diferencia é a estética, os objetivos e o palco, o demais é arte do mesmo modo, que precisa ter conteúdo, olhar sensível, qualidade, profissionalismo e tudo mais que precisa ser feito num ambiente controlado como é um espetáculo dentro de um teatro.
Hoje em dia em alguns lugares sou conhecido pela minha contribuição no Carnaval, em outros pela minha trajetória na dança de modo geral como bailarino e coreógrafo.
Hoje em dia não faço mais tanta distinção, são lados de uma mesma moeda.
Fotos da Concentração – 2018.
Beija-Flor: Ano que ganhou o campeonato.
Foto com Gabriel Davi – filho de Sr. Anísio Abrão Davi.
Gabriel hoje é Presidente da Liesa.
– Francis FACHETTI – Independente de que escola seja cite um momento que mais te impactou nesses 26 anos de Sapucaí e porquê?
Marcelo MISAILIDIS – Talvez o campeonato de 2018 pela Beija Flor de Nilópolis, pois, fui o criador do enredo, das alegorias, da Comissão de Frente, enfim – tive um papel importante de modo geral naquele resultado.
– Francis FACHETTI – Hoje, Misailidis está de corpo e alma na grande Mocidade Independente de Padre Miguel, porquê? Pode falar um pouco do viés da Mocidade para 2025, e onde você mais se identifica nesse mote que vai ser defendido?
Marcelo MISAILIDIS – Estamos no início dessa pesquisa, ainda há uma grande expectativa.
– Francis FACHETTI – Preciso relatar, nesse Documento Cultural a oportunidade que está me ofertando; um marco na minha carreira quando estivemos juntos no palco: Teatro Nacional de Brasília – Sala Villa lobos -, efetivando o reflexivo e difícil trabalho cênico: “DANTE E A DIVINA COMÉDIA”.
Uma obra emblemática que muitos se perguntam como a Cia. Clássica Regina Maura (BSB), junto com sua primeira bailarina Mônica Berardinelli (Beatriz), “ousaram” e colocaram toda Cia. executando essa literatura referenciada pelo mundo – pela excelência de sua narrativa.
Na ocasião você criou o seu DANTE e o levou para aquele enorme palco e eu, além de bailarino da Cia. terminava o final do inferno com: LÚCIFER – uma cena que nunca esquecerei.
Coloque aqui para nós um pouco da sua vivência nesse processo com resultado tão auspicioso.
Marcelo MISAILIDIS – O Balé Regina Maura é para mim uma extensão dos laços familiares; é difícil falar a respeito porque num primeiro momento nosso primeiro contato se fez pela dança, trabalhando com Regina Maura e a Monica Berardineli – uma parceira que esteve presente em minha vida em todos os momentos também, trabalhando juntos dividindo a cena, criando projetos, participando dos mais importantes momentos das nossas vidas pessoais, enfim, me ajudou demais ao longo destes anos de convivência.
De todo modo guardo com imenso carinho os diversos espetáculos que tive o prazer de estar com o Balé Regina Maura, “Dante a Divina Comédia”, foi um dos primeiros espetáculos depois vieram vários outros, e sempre apresentados com muita entrega e respeito em tudo que fazíamos, ao mesmo tempo era como estar em casa, um momento de dividir as alegrias e compartilhar os sonhos.
Marcelo MISAILIDIS (Dante) e Mônica Berardineli (Beatriz)
Regina Maura Berardineli e Mônica Berardineli
Final do Inferno – Francis FACHETTI como “Lúcifer”
“Dante – E a Divina Comédia”
– Francis FACHETTI – Acabou de fazer a segunda temporada do NECESSÁRIO trabalho cênico “ST – TRAGÉDIAS” em codireção com Ana Botafogo. Fale para o público que ainda não assistiu como idealizou e concebeu esse cenário com mote nas tragédias junto com Ana Botafogo.
Marcelo MISAILIDIS – impactante" ; Quando falamos de Shakespeare, estamos nos referindo a alguém que melhor capturou a essência da alma humana.
Assistir a suas peças nos concede acesso a certos padrões que são essenciais revisitar, a fim de evitar cometer os mesmos erros que são parte integrante dessas questões comportamentais. Temas atuais, como o feminicídio, já estão abordados nas obras de Shakespeare. É por isso que essas peças são tão significativas e contemporâneas.
Revisitar essas obras é impactante" .
“No espetáculo as obras de Shakespeare, ”Romeu e Julieta” e “Othello, o mouro de Veneza”, se unem aos poemas sinfônicos de Tchaikovsky em um projeto que combina balé, dança, música, teatro, artes visuais, com coreografias que exploram a essência dramática das peças.
Idealizado durante a pandemia, retrata temas atuais como o feminicídio, destacando questões acentuadas durante o isolamento social numa fusão incrível de arte e reflexão. O espetáculo ainda tem o intuito de celebrar os 30 anos de parceria entre ele e Ana Botafogo”.
O espetáculo ST tragédias, vem para ser o início de uma nova etapa em minha vida, onde pretendo regressar a minha origem dentro da dança, desta vez como encenador e coreógrafo, criando espetáculos nos quais possa desenvolver mais minhas potencialidades, e depurar nestas obras tudo aquilo que vivi ao longo dos anos com tantos artistas fascinantes, que contribuíram no artista que sou, e em tudo aquilo que eu vivi.
ST Tragédias traz a emoção à flor da pele. Juntamos Shakespeare e Tchaikovsky: o que queremos é emocionar o público.
“A coreografia de Misailidis se junta à genialidade desses dois grandes ícones da cultura universal”, conta Ana Botafogo.
A peça, que estreou em junho de 2022 no Teatro da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e fez parte da noite de gala do Festival de Dança de Joinville, além de uma única apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, está de volta.
Desta vez, com o patrocínio Master da Petrobras e patrocínio do Grupo Sendas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura/Lei Roaunet , para uma breve temporada no Teatro Casagrande, no Rio de janeiro, de 24 de maio a 2 de junho.
“ST – Tragédias”
“ST – Tragédias”
“ST – Tragédias”
Abaixo pequena crítica desse NECESSÁRIO trabalho cênico.
Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança
Por Francis FACHETTI
– Francis FACHETTI – Misailidis está submergido em uma tragédia, que maravilha!!! “MEDEIA” – como diretor e coreógrafo.
Precisamos dos pormenores que puder contar sobre esse tão esperado descortinar.
Marcelo MISAILIDIS – Medeia é uma obra-prima escrita por Eurípedes (480 – 406 ac), que dentro do gênero é considerada uma das peças mais instigantes.
Portanto, um tema propício para dar sequência ao trabalho anterior ST – Tragédias – referindo-me aqui as obras Romeu e Julieta, e Othello -, o mouro de Veneza de William Shakespeare.
Certamente um desafio enorme transpor na dança um tema tão complexo que já retratado além do teatro, no cinema, ópera, e nas artes plásticas.
Aguardem!!! Por Marcelo MISAILIDIS
Simplesmente:
MARCELO MISAILIDIS