– Entrevista NECESSÁRIA: Yuri Ribeiro – Ator e Produtor.

 

O Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança

Apresenta:

 

 

O Blog/Site iniciou a temporada de Retrospectivas e INÉDITAS das inúmeras homenagens feitas aos artistas das artes cênicas em geral – teatro, dança, cinema, técnicos:

Operários das Artes.

Projeto: “Entrevistas NECESSÁRIAS”, inserido nesse Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança –  no começo da pandemia.

 

Retrospectiva repaginada e com atualizações – os trabalhos mais recentes.

 

 

O Operário Das Artes da vez é o

Ator e Produtor:

YURI RIBEIRO

 

 

 

Entrevista Necessária faz as devidas Atualizações de trabalhos recentes ou que estão prestes a acontecer – logo após entraremos na Retrospectiva da Entrevista NECESSÁRIA de Yuri Ribeiro feita a dois anos atrás no começo da pandemia.

 

 

 

 

 

Atualizações:

 

 Yuri diz:

“Francis gostaria de pontuar aqui que no projeto do Palco Literário eu sou um parceiro, mas o projeto não é meu, sou parceiro deles a 10 anos.

Abaixo escrevo um pouco sobre está relação com o palco literário”.

“Além de produzir e dos projetos autorais ou não, tanto no teatro quanto como produtor de áudio e ator de voz através do Studio Vozes, como os canais Fábulas da Vida e Cantinho das Novelas no Youtube”.

“Sempre procuro me associar a projetos em que acredito com o objetivo de espalhar boas histórias de ficção e de vida”.

“Eu acredito que não se realiza nada sozinho, é preciso agir é claro, e sempre chamar pessoas de excelência para executar diferentes etapas dos projetos”.

“Nos últimos 3 anos estruturou o Studio Vozes ao lado de sua noiva Agatha Duarte. Através deste estúdio Yuri é:

A voz do Canal Gloob (infantil do grupo Globo):

 

https://www.instagram.com/p/CxitDvpJKrB/

 

“Se tornou a voz do canal toda Matéria no Youtube:

 

 https://l1nk.dev/3WdsV

 

“Produz ao lado de sua parceira(Agatha) e seu sócio, Marx Rodrigues, histórias emocionantes para o público 50 + através do Canal Fábulas da Vida que conta com mais de 240 mil inscritos:

 

https://www.youtube.com/@fabulasdavida

 

 

 

Com os mesmos parceiros produz resumos de novelas para o canal Cantinho das Novelas:

 

https://youtube.com/@cantinhodanovela4208?si=IZzj7xAeZT2BVcmP

 

Neste período deu voz a pelo menos 70 livros para a plataforma Audible Studios e você pode conhecer alguns dos títulos narrados por ele aqui neste link:

 

https://l1nq.com/1kasm

 

Ele é parceiro do projeto Palco Literário a 10 anos, onde atua como ator em mais de 40 obras do repertório da produtora que já conta com mais de 100 adaptações incentivando a leitura nas escolas, além disso atua e em alguns projetos como produtor associado ou agente de parcerias externas.

Foi premiado em 2022 na Rádio Roquete Pinto através da gravação de um episódio da Rádio Novela – “Querido Vizinho”, escrita e também narrada por Agatha Duarte e narrada e produzida por Yuri Ribeiro.

Criou um curso de locução chamado Locução Total e tem atuado como mentor de artistas que querem se tornar locutores profissionais.

O Que Está Por Vir?

Yuri Ribeiro está desenvolvendo uma distopia e está apresentando a produtores e possíveis parceiros. O projeto é chamado no momento de “Torre Azul – Elite Imortal”.

“Eu prevejo neste projeto duas temporadas de uma Série (isto é um projeto para médio longo prazo) e um monólogo para teatro homônimo da segunda temporada da série, que sairá do forno em 2024”.

A primeira temporada se chama Torre Azul – “A Ascensão Divina”, a segunda recebe o título de Torre Azul – “O Privilégio da Eternidade”. E o monólogo teatral possui o mesmo nome desta última.

“Sem muito spoiler posso falar sobre o monólogo teatral:

“Osíris, um dos protagonistas da série está neste momento no ano de 2045. Cemitérios foram transformados em arranha céus milionários, onde os ricos podem morrer e passar a eternidade mais próximos de Deus – quanto mais fortuna você tem mais próximo de Deus você está. Mas não se preocupe se você não for muito rico e estiver do lado miserável da sociedade, você pode garantir seu lugar próximo de Deus disponibilizando, no momento da sua morte, seu corpo como insumo para a fábrica de ração humana. Assim você contribui para resolver finalmente o desafio da fome e das grandes diferenças sociais – Desta forma você também se colocará mais próximo de Deus e terá a salvação”.

“No monólogo Osiris vai fazer um pitching do segundo empreendimento do Sistema Azul – “Torre Azul – O Privilégio da Eternidade”. A plateia fará parte desta elite que poderá ganhar um espaço da eternidade dentro da torre que oferece a vida eterna e cura para todas as doenças existentes”.

“O papel do protagonista é convencer a plateia a embarcar nesta empreitada duvidosa, pois só assim ele conseguirá salvar sua pele após a traição de seu sócio G.H. Osíris luta contra uma doença terminal e perdeu todos os seus recursos depois de assinar alguns papéis. Agora ele não poderá seguir seu tratamento sem antes convencer a população de que a segunda Torre do Sistema Azul é um excelente negócio para a população”.

“Nesta obra eu pretendo usar de humor ácido e de um personagem bastante carismático para convidar o público a refletir sobre a busca pela imortalidade, o crescimento exponencial da tecnologia e os dilemas morais da nossa sociedade, navegando pela política, religião, segurança virtual e manipulação da informação”.

“Por ser algo que nunca fiz, uma distopia, isso está me deixando muito excitado e com desejo de realizar, mas, ao mesmo tempo tenho aquele frio na barriga”.

“Em busca da coragem necessária para produzir este monólogo me cerco de profissionais que admiro muito e com os quais já trabalhei bastante. Adriana Maia, também diretora das produções do Grupo Os Trágicos, Edvan Moraes na direção musical e trilha sonora, Anderson Ratto na Iluminação, Nelo Marrese na direção de arte e Agatha Duarte na assistência de direção e parceira nas leituras dos infiniiiiiiiiiiiitos tratamentos do roteiro. Ela tem acompanhado minha criação e contribuído como pode nos momentos em que lemos juntos as sinopses”.

“Estou vendo um novo filho nascer e não vejo a hora dele estar nos palcos e nas telas. É um projeto ousado. Mas o máximo que pode acontecer é nada. E nada eu já consigo fazer muito bem se eu ficar apenas parado. Mas serei mais feliz realizando essa maluquice de Torre Azul.

Na TV Yuri estará na próxima novela da Globoplay – “Guerreiros do Sol”.

 

 

Terminado as atualizações entraremos agora na Retrospectiva:

 

 

Nesse nossso encontro, o Blog/Site, através do projeto nele inserido – “Entrevistas NECESSÁRIAS” – teremos a presença do carisma, empatia de um artista multifacetado, estando em várias frentes de trabalhos culturais – cheios de acuidade.

Esse moço, que se intitula “Dramaturgo em construção”, se coloca em cena nos palcos, na TV e no cinema, e também é o diretor de produção e fundador do “Grupo Os Trágicos” – Cia. Teatral.

Teremos o prazer de nos debruçarmos na movimentada e prolífera carreira, que se propaga e ratifica seu talento com rapidez necessária.

O Ator, Autor e Produtor Cultural:

Yuri Ribeiro.

 

 

 

 

 

 

Yuri Ribeiro em cena no seriado “Filhas de Eva”.

 

 

 

 

Entrando na Retrospectiva da

Entrevista NECESSÁRIA – com:

Yuri Ribeiro:

 

 

 

 

Francis Fachetti – Destrinche, esclareça esse trabalho importante culturalmente nas “Obras do Palco Literário” – onde produziu e atuou em mais de 30 delas para o teatro em escolas, e gravou diversas peças em áudio na pandemia. Desfie esse feito cultural de muita abrangência.

Yuri Ribeiro – Há 8 anos eu conheci um casal de empreendedores artísticos, Pedro Ruggiero e Priscila Lessa. Nessa época eles haviam acabado de dar início ao promissor Palco Literário.

Através desse projeto transportam obras literárias para a linguagem teatral e apresentam em diversas escolas no Rio de Janeiro e outros estados do Brasil com o objetivo de incentivar a leitura, formar plateia para o teatro e preparar os estudantes para o vestibular e outras demandas das escolas.

No início fui contratado como ator, a afinidade artística e pessoal foi imediata. Minhas primeiras obras com eles foram, Memórias de um Sargento de Milícias, Dom Quixote e O Cortiço, Capitães da Areia, O Alienista. Depois vieram muitas novas obras, chegamos a levantar 4 ou 5 obras num mesmo mês com ensaios nos três turnos, insanos e apaixonados.

Mais do que um empreendimento, o Palco foi, e é uma oportunidade para colocar a versatilidade a serviço do jogo cênico. Todas as obras são realizadas com elenco de 3 a 6 artistas, fazemos muitas dobras de personagens, o que é uma delícia para quem gosta de experimentar vozes, corpo, arquétipos… Acho que meu recorde foram 6 personagens numa mesma obra. E esse número se repetiu em muitas… rs

 

“Capitães de Areia” – Palco Literário. Yuri Ribeiro, no personagem: “Pedro Bala’ e Brisa Rodrigues, como “Dora”.

 

 

 



“Cortiço” – Palco Literário.

 

“Hora de Alimentar Serpentes” – Palco Literário.

 

 

 

“O Alienista” – Palco Literário. Ao lado de Pedro Ruggiero.

 

 

Com o tempo fomos estreitando a parceria e eu buscava novas oportunidades de expansão para além das escolas. Foi quando surgiu a LER – Salão Carioca do Livro, produzimos juntos as obras adaptadas do Palco Literário e apresentamos para o grande público e alunos das escolas públicas do Rio de Janeiro em pelo menos 3 edições desse evento.

 

 

“Ler Salão Carioca do Livro” – Ao lado de Erika Rausch (produtora do Palco Literário), Paulo Betti (também estava no evento como uma das atrações), Priscila Lessa e Pedro Ruggiero (parceiros na vida e sócios fundadores do Palco literário).

 

 

 

Sempre realizamos rodas de discussão das obras apresentadas e esse diálogo enriquece a experiência tanto para o espectador quanto para o artista. Muitos estudantes nunca haviam ido ao teatro antes de nos assistir, e vários deles passaram a frequentar.

Ouvimos relatos como – “Pensei que esse livro fosse chato, agora estou louca para lê-lo”… e de fato ela leu e compartilhou conosco a experiência de ler e lembrar da história contada no palco, o que a ajudava a apreender mais o conteúdo da história lida.

Com o surgimento da pandemia tudo mudou, o palco virou digital e diversas obras que fizemos juntos no palco ao vivo se transformaram em Áudio Teatro.

Seguimos trabalhando juntos e com uma amizade para a vida toda. O mais breve possível retornaremos aos palcos. Enquanto isso é possível apreciar as obras de Áudio Teatro através desse link.

https://hotm.art/3Hsuq7N9

 

 

 

Francis Fachetti – Na TV, acabou de estrear na série “Filhas de Eva”.

O que já vi sobre essa série me impactou pela dramaturgia e produção. Nos conte o que puder a respeito desse seriado.

 

Yuri Ribeiro – Primeirovou expressar um desejo meu – Quero muito que tenha uma segunda temporada e tem pano pra manga aí hein…

Segundo – expressar minha gratidão por fazer parte desse time de artistas. Quando recebi o convite para a Série era para começar imediatamente e estava prestes a viajar para o Japão com meu grupo de teatro, então perguntei a Gabriela Medeiros (produtora de elenco), se eu poderia chegar um pouco depois na preparação, já que eu ficaria 21 dias no Japão. Essa seria uma decisão delicada já que todos estariam juntos a partir daquela semana. Ela checou com a direção (Leonardo Nogueira) e equipe, se era possível que eu chegasse depois de minha viagem.

Fui para o Japão sem ter a resposta sobre estar ou não no time. Lá fui avisado 3 dias depois que eu estaria no elenco. Voltaria direto para a preparação, fazendo prova de figurino e gravando imediatamente. Assim foi feito. Deu tudo certo.

A série é uma potência, é A Potência da Mulher. Todas as mulheres da trama fazem a  verdadeira revolução desde o autoconhecimento até a libertação das amarras  de uma sociedade já velha e ultrapassada.

Eu sou o personagem do Ademar (Cacá Amaral) mais jovem, dividi a cena com Marcella Rica que é a Stella (Renata Sorrah) mais jovem, e a nossa filha é a atriz mirim Maria Volpe, talentosíssima.

Não há muito o que eu possa falar. Apenas afirmo que é uma série para maratonar, na qual o poder da mulher está muito bem representado na mão de artistas magníficas, a começar pela autoria –  Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes, com colaboração de Maria Clara Mattos.

Seriado “Filhas de Eva” –  atuou ao lado de Marcela Ricca.


Cenas da série “Filhas de Eva” – print da tela durante a reprodução.

 

 

 

 

 

Francis Fachetti – O que é a “Feira de Empreendedorismo Artístico”, em SP?

Com mote na sua trajetória você fez palestra em conexão com o empreendedorismo, correção de rota, trabalho em equipe e como criar oportunidades. Como é esse caminho que desenredou nessa “Feira”?

 

Yuri Ribeiro – A FEA – Feira de Empreendedorismo Artístico é um evento criado pela Fefa Moreira; atriz, bailarina, cantora, produtora cultural e empreendedora artística.

Esse evento conta com a participação de diversos agentes ligados à cultura e ao empreendedorismo. São dois dias intensos, nos quais podemos nos encharcar de informações, fazer network e aprender muito.

Fefa Moreira me convidou para compartilhar um pouco da minha trajetória com o público da feira. Nessa época eu estava desenvolvendo, sob a mentoria de Ellen Joyce (Intelligo), minha palestra “Dirigindo a Própria Vida”.

Nessa palestra eu compartilho os principais momentos e pessoas que me ajudaram a chegar até os dias atuais, desde a infância, ainda em São Paulo, passando por Palmas – TO, e finalmente minha chegada no Rio de Janeiro, minha trajetória nos palcos cariocas como técnico de teatro, todas as enrascadas em que me enfiei durante esse caminho no Rio de Janeiro, e conto também como foi o processo de criação e produção do meu primeiro espetáculo como dramaturgo.

Destrincho a produção artística do espetáculo e mostro através dos fatos a importância de estarmos ligados às oportunidades e dispostos a mudarmos a rota quando necessário.

“FEA” – Feira do Empreendedorismo Artístico. Palestra:

 “Dirigindo a Própria Vida”.

 

 

 

 

 

Francis Fachetti – Comente sobre o apresentador: Yuri Ribeiro. É prazeroso, te conecta com seu universo artístico?

 

Yuri Ribeiro – O universo artístico me remete a me comunicar de forma mais sincera possível com o público –  e ser apresentador me permite  isso também.

Meu primeiro trabalho mais longo em televisão foi em Palmas – TO, num programa que se chamava Gente de Classe. Nele eu criava a pauta e fazia a cobertura de diversos eventos artísticos onde eu conversava com profissionais das artes.

Falando sobre oportunidades é interessante contar como isso começou.

Aos 19 anos eu estava gerente de uma floricultura. No dia dos namorados fariam uma reportagem sobre as novidades da loja. Por algum erro de produção, mandaram apenas a equipe de gravação, porém a apresentadora já estava pautada para uma matéria do outro lado da cidade e não conseguiria chegar a tempo de fazer o nosso material. Quando a equipe me informou que cancelariam a matéria, eu disse – Eu mesmo posso apresentar as novidades da loja! Perguntem por favor a âncora do programa se ela pode chamar direto pela matéria da floricultura, sem chamar pela apresentadora, e aí eu já entro falando. Ela topou e o máximo que poderia acontecer era dar errado. E isso não é problema.

No dia seguinte a gravação ela ligou na floricultura e me convidou para trabalhar com ela no programa, e claro, eu aceitei o convite.

Porém no mesmo ano em que entrei nesse programa eu já estava decidido a me mudar para o Rio de Janeiro, a floricultura era a forma de fazer um pequeno pé de meia para me mudar.

Logo que cheguei no Rio de janeiro comecei a fazer curso profissionalizante de teatro na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras e pouco tempo depois me matriculei no curso de Apresentador, Locutor e Animador de Programas de Auditório do SENAC – Copacabana, pois sabia que a sorte tinha me encontrado, preparado para ela, mas, conforme o tempo fosse passando eu precisaria estar mais preparado.

 

 

 

 

Alguns anos depois da minha chegada ao Rio de Janeiro, vi um anúncio na internet para um programa do Canal Futura – Futura Profissão – Inovadores.

O tema era tecnologia, eu fiz técnico em informática durante o ensino médio, os assuntos me interessavam, enviei meu material e a produtora de elenco, Rosa Fernandes me convidou para o teste. Fui aprovado e um desejo que eu visualizava praticamente todos os dias foi atendido.

Eu queria viajar o Brasil à trabalho. Foi o que aconteceu, nesse programa eu viajei durante 3 meses por todas as regiões do país, conhecendo jovens estudantes, empreendedores e empresas inovadoras.

Futura Profissão – Inovadores. Canal Futura – Apresentador.

Direção: Marcio Venturi. Fotografia: Robson Bolsoni.

 

  

 

Francis Fachetti – O que é o “Home Studio Vozes”, que resgatou durante a pandemia.

 

Yuri Ribeiro – Como te falei em outra resposta, fiz curso de locução pouco tempo depois da minha chegada ao Rio de Janeiro. Havia trabalhado pouco como locutor. Acabei deixando essa habilidade guardada numa “caixinha” de coisas para me dedicar depois… Enfim escolhas que fazemos sabe-se lá por quê.

A carreira como ator ia bem, atuando tanto em tv quanto no teatro, aos poucos fui entrando no cinema, me tornei dramaturgo, escrevi minha primeira peça de teatro… Talvez por tudo isso guardei locução nessa caixinha…

Eis que surge a pandemia. Tudo parou. Projetos estacionaram sem data para retomada. Veio uma onda de tristeza e depressão, contei com ajuda de amigos e família.

Depois de aceitar a dura realidade consegui colocar a cabeça para funcionar de uma forma minimamente saudável novamente, eu me fiz a seguinte pergunta – O que eu sei fazer que as pessoas possam consumir que não seja teatro? 

Logo as respostas começaram a surgir, comecei a escrever roteiro de esquetes teatrais para treinamento online de empresas para um parceiro das antigas, Reginaldo Siqueira. Mas ainda não atingia o volume de trabalho que eu vinha desenvolvendo antes da pandemia.

No meio do caminho abri a “caixinha”, resgatei a locução de lá de dentro e perguntei a minha namorada, Agatha Duarte, atriz, dramaturga e dubladora, o que ela achava de investirmos em um Home Studio, com um pouco de receio ainda, foi o que fizemos.

Nasceu o Home Studio Vozes. Através dele já narramos diversos audio livros, fizemos voz original para animações brasileiras e uma infinidade de locuções publicitárias.

A meta agora é dar oportunidade para outros profissionais da voz. Aos poucos vamos fazendo um banco de vozes para aumentar nossa penetração no mercado.

Fiz a fotografia do projeto “Poema Pra Ela”, de Agatha Duarte. Lançamos durante a pandemia através das redes sociais dela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Francis Fachetti – “Carrossel de Poesias”, com 50 poesias suas que chama de “Pedaço de mim”. Compartilhe agora conosco, antes de compartilhar esses textos nas redes sociais. O que são esses “Carrosséis”, esse seu “Pedaço de mim”?

 

Yuri Ribeiro – Pedaço de Mim é um compilado com poesias que escrevo durante minha caminhada.

Antes eu pensava em lançá-lo como um livro físico, mudei de ideia, pois todas as vezes que eu compartilho alguma poesia minha nas redes sociais me pedem para fazer mais disso.

Decidi fazer o Carrossel de Poesia – nele coloco a poesia escrita nas primeiras imagens do carrossel e depois na última eu coloco um vídeo recitando a poesia. É um projeto para compartilhar no segundo semestre.

 

 

 

 

Francis Fachetti – Pode nos contar sobre “Veneza”, filme de Miguel Falabella? Revele o que puder sobre essa obra cinematográfica.

 

Yuri Ribeiro – Vou começar pelo teste. Eu já estava a caminho da exibição, em Petrópolis, de um média metragem que eu fazia parte do elenco, “De Repente Eu Te Amo” do Bruno Saglia,  quando Cibele Santa Cruz me convidou para o teste. Expliquei para ela sobre o meu compromisso e perguntei se eu poderia fazer o teste por Selftape, ou seja, eu mesmo gravar meu teste. Ela me informou que Miguel queria ver o teste pessoalmente, eu insisti dizendo a ela “Deixa eu fazer o meu máximo, se não posso estar presente, pelo menos faço o que consigo”.

Ela aceitou a proposta, Miguel viu o vídeo, gostou e depois me chamou para uma leitura presencial. Fui aprovado. Eu não cabia dentro de mim. Imagina se eu não peço para gravar o teste, imagina se ela não aceita, imagina se ele não vê… Enfim… O universo é bom demais e precisamos estar de olhos abertos sempre em busca de soluções para receber o que ele tem para nos oferecer.

O filme seria rodado no Brasil, mas algumas mudanças foram necessárias e fomos rodar no Uruguai. Uhul!!!!! Conheci o Uruguai a trabalho. O fato de ser fora do Brasil e todos estarmos num mesmo hotel mergulhados na obra que estávamos filmando deu muita intimidade, conexão e formamos uma família que até a pandemia se encontrava semanalmente para compartilhar afeto e alegria. Por agora nos limitamos ao grupo de WhatsApp.

Veneza, na minha opinião, é um misto de poesia e realidade. É uma verdadeira montanha russa de emoções. É sobre um grande amor, é sobre sonhos abandonados, é sobre arte… É comédia, drama… tudo num único filme.

Atuei ao lado de André Mattos, Pia Manfroni, Giovanni Venturini, Daniele Winits, Carol Castro, Dira Paes, Du Moscovis, Carmem Maura.

A estreia está prevista para Maio. Tá chegando!!!

Se tem algo muito claro que vejo no filme – é a arte dando algum sentido aos sonhos e a vida.

Equipe reunida no festival de Gramado.

 

Filme: “Veneza”, de Miguel Falabella.

 Personagem: Ventoinha.

 Fime: “Veneza” – A Teda do Circo.

 Personagem Ventoinha ao lado de Giovanni Venturini, parceiro do circo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesonagem Ventoinha – Yuri Ribeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Veneza”. Equipe reunida revendo a cena que acabamos de rodar.

Miguel Falabella, Dira paes, Danielle Winits, Carol Castro, Pia Manfroni, Du Moscovi, André Mattos e Giovani Venturini.

 

 

 

 

 

Francis Fachetti – Me debrucei nesse inefável espetáculo para uma crítica teatral muito positiva e bastante merecida que está inserida neste Blog/Site – “VOU DEIXAR DE SER FELIZ POR MEDO DE FICAR TRISTE?” .

Você se coloca como “dramaturgo em construção”, pois é o autor desse texto, o ator e o produtor. Ufa!!!

Fale desse lindo espetáculo, do Yuri dramaturgo e ao mesmo tempo produtor. Curioso por sua resposta.

 

Yuri Ribeiro – Vou Deixar de Ser Feliz, Por Medo de Ficar Triste? é a pergunta que eu e, na época, minha companheira Claudia Wildberger nos fizemos quando nos tornamos um casal.

Nossa relação, que durou 7 anos, já foi motivo de muitas entrevistas, conversas, preconceito e principalmente foi o que me motivou a escrever essa peça.

Nós formávamos um casal com 25 anos de diferença, sendo que ela é a mais experiente no nosso caso. Desde, a vizinha nos chamando de mãe e filho, à atendente do supermercado,  passando pelo segurança da festa e pelo garçom desavisado – já havíamos vivenciado diversas situações tragicômicas na vida de casal. O bom humor imperava na forma de levar a vida.

Especificamente, a situação do garçom, que conto no livro e na peça, reverberou de uma forma que mexeu aqui dentro de um jeito que me fez querer fazer arte com a nossa história. Então começou a nascer o dramaturgo. Eu contei com ajuda de muita gente, entre elas Victor Garcia Peralta, Marcos Caruso, Alexandra Richter, Heloísa Périsse e principalmente a incansável Julia Lordello.

Esse foi meu primeiro texto teatral, até então, eu sabia escrever esquetes de humor. Foi aí que Julia me ajudou a pensar em estrutura, me indicou leituras, me fez despertar para um conhecimento mais profundo sobre roteiro e dramaturgia. Com os ensinamentos dela pude revisitar o texto escrito com experiência renovada e fazer os ajustes para que ele deixasse de ser uma sequência de esquetes e se tornasse uma peça de teatro.

Todo esse processo de aprendizado eu compartilho no livro homônimo do espetáculo.

Para além da dramaturgia… Eu já vinha produzindo teatro junto ao meu grupo Os Trágicos. Durante essa trajetória, Claudia começou a se interessar pela produção teatral para nos ajudar em nossos feitos.

No espetáculo que contava a nossa história não seria diferente, unimos forças e produzimos juntos. Buscamos um parceiro e encontramos Frederico Reder, que também nos trouxe o patrocinador. Ao todo, desde o primeiro tratamento do texto, até a estreia no Teatro das Artes, foram 3 anos de muito trabalho.  Tudo valeu muito a pena.

A direção do Jorge Farjalla é impecável, gigante. Formamos uma equipe abençoada pela presença de Vitor Thiré, Jujuba Cantador e Paula Burlamaqui, que deram vida a essa história.

Com o nosso “Vou Deixar…” fizemos uma longa temporada no Rio de Janeiro em diversos teatros, com direito a muitos prêmios, o que me trouxe muita alegria.  Mas o maior presente veio no dia em que me  emocionei intensamente quando encontrei um depoimento no instagram de uma mulher que estava prestes a fazer uma cirurgia no coração e foi presenteada pela enfermeira com um exemplar do meu livro. Ela o leu e em seu depoimento ela dizia que o livro trazia alegria e esperança e que tinha lhe feito muito bem. Ela nunca havia ido ao teatro, então a convidamos, após sua cirurgia e recuperação, na primeira oportunidade ela esteve conosco. Sinto não ter uma foto para ilustrar esse momento, mas saibam que foi de forte emoção.

Yuri Ribeiro e Paula Burlamaqui.

Espetáculo: “Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?”.

“Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?”.

“Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?” – Na foto: Jujuba Cantador (elenco), Paula Burlamaqui (elenco), Caetano Veloso, Vitor Thiré (elenco), Jorge Farjalla (diretor), Tati Trinxet (assistente de produção).

 No camarim.

 

 

 

 

 

“Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?”.

Lançamento do Livro – Livraria Argumento, RJ.

“Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?”.

Planta baixa do cenário feito por José Dias.

Lançamento do Livro – com Guilherme Tolomei (Editor do livro) e Claudia Wildberger.

Lançamento do Livro com Marcos Caruso.

Lançamento do Livro com Carlos Vereza e Claudia Wildberger – a quem eu dedico essa obra, parceira por 7 anos.

Lançamento do Livro. Na foto: Mylena Ciribelli, Vitor Thiré, Jorge Farjalla, Jujuba Cantador, Totia Meireles, Paula Burlamaqui, Yuri Ribeiro e Lilia Cabral.

Lançamento do Livro – com Dig Dutra (atriz) e Claudia \wildberger.

Lançamento do Livro – com Alexandra Richter e Ricardo Braga.

 

 

 

 

 

 

 

Alguns trabalhos em sua trajetória:

 

Yuri Ribeiro, nascido em São Paulo, hoje vive no Rio de Janeiro.
Autor, ator, apresentador, dramaturgo em construção, produtor cultural e mentor de comunicação através do projeto Destrava e Fala.

 

 

Evento StarUp DR – Organizado por Fabio Junior Soma e Alexandre Peruzo, fundadores do Acelera Dr. StarUp.

Esse foi meu primeiro treinamento e grupo, onde apliquei um pouco do método Destrava e Fala.

 

Bacharel em Artes Cênicas pelo Instituto CAL, Diretor de Produção e Fundador do “Grupo Os Trágicos”.

 

Equipe Os Trágicos reunida – Larissa Costa (produtora), Edvan Moraes Junior (elenco e diretor musical), Anderson Ratto (iluminador), Mathias Wunder (ator e produtor), Magdalena Vianna (assistente de produção), Yuri Ribeiro (ator e Diretor de Produção), Diogo Fujimura (ator, músico e produtor), Adriana Maia (Diretora e responsável pela adaptação, pesquisa e fusão de diversas obras de Shakespeare, usadas no Hamlet ou Morte), Adriano Ferreira (cenógrafo e figurinista).


Produziu e atuou em “Hamlet ou Morte!”; “Faz de Conta Que É Tempestade”, da Cia Os Trágicos desde 2015. Com esses espetáculos fizeram turnê no Japão em 2019.

 

Hamlet em 15 minutos, esquete premiada no Festu – Festival de teatro universitário. Nesse esquete ganhou o prêmio de Melhor Ator e o esquete ganhou mais 5 prêmios: Melhor cenário, figurino, iluminação; Esquete júri técnico, esquete júri popular. A partir dela criamos “Hamlet ou Morte – Uma Trágica comédia”.

“Hamlet ou Morte” – personagem Senhora Ribeiro. Com Mathias Wunder.

 

“Faz de conta que é Tempestade” – inspirada na obra “A Tempestade, de Shakespeare. Infantil da minha Cia. Os Trágicos.

“Faz de Conta que é Tempestade”.

 

 

 

 

 

 

Produziu as Obras do Palco Literário na Ler Salão Carioca do Livro, durante os anos 2017, 2018 e 2019.

Atuou em “Os Insones”, dirigido, escrito e produzido por Erika Mader, que adaptou a obra de Tony Bellotto para o teatro (2016).

 

 

 

Espetáculo: “Os Insones” – Direção e adaptação: Erika Mader, da obra original de Tony Bellotto.

“Os Insones”, ao lado de Poly Marinho.

 

 

 

“The History Boys  ou Fazendo História” – Direção de Glaucia Rodriguez (2014). 

Texto: Allan Benett. Direção: Glaucia Rodrigues.

Espetáculo: “Fazendo História”. Direção: Glaucia Rodrigues.

Elenco: Rafael Canedo, André Arteche, Guilherme Ferraz, Hugo Kert, Renato Goes, Ricardo Knupp e Helder Agostinni.

Espetáculo: “Fazendo História”. Direção: Glaucia Rodrigues.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Fazendo História”. Direção: Glaucia Rodrigues.

Yuri Ribeiro e Rafael Canedo.

 

 

 

 

 

 


Nos últimos 6 anos atuou em mais de 30 obras literárias adaptadas para teatro em escolas no Rio de Janeiro, com seus parceiros do Palco Literário. Durante a Pandemia gravou diversos áudios   peças dessas obras que antes eram encenadas nas escolas.


No Cinema: 

Estreia em maio de 2021 Veneza de Miguel Falabella (previsão para Maio).

No elenco: Carmem Maura, Carol Castro, Carolina Virguez, Caio Manhente, Daniele Winits, Dira Paes, Du Moskovis, Roney Vilela, André Mattos, Pia Manfroni, Giovani Venturini. 

https://www.instagram.com/venezaofilme/

 

“A Volta”, de Ronaldo Uzeda”, com: Roney Vilela, André Ramiro, Antonia Moraes, Tuca Andrada, Guilhermina Guinle, Charles Paravents.

“A Volta”, de Ronaldo Uzeda”. Na cena Yuri Ribeiro e Antonia Morais.

 

Filme: “A Volta”. Parte da equipe: Chales Paraventi, Roney Vilella, Ronaldo Uzeda (roteirista e diretor), Paulo Flávio de Melo Carvalho (investidor).

 

Filme: “A Volta” – com Roney Vilella.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“The seven sorrows of Mary” (As 7 dores de Maria), do português Pedro Varella, que está em pós-produção. Filme que tem produção com Portugal, Brasil e EUA – já rodado no Brasil, Londres, e atualmente na Europa.

 

Yuri Ribeiro no filme: “As 7 Dores de Maria”, do português Pedro Varella, que está em pós-produção.

 

 

 

 

 

 

 

“Breve Miragem de Sol”, de Erik Rocha. Com: Elie Bamber, Valentina Herszage, Fabrício Boliveira, Mathias Wunder e Diogo Fujimura (dois integrantes do seu grupo de teatro – Os Trágicos.

Filme: “Breve Miragem de Sol”, de Erik Rocha.

 

Filme: “Breve Miragem de Sol”, de Erik Rocha. Na foto em cena com Elie Bamber.

 

 

 

 

 

 

 

 

“Breve Miragem de Sol”, com Erik Rocha, Mathias Wunder e Diogo Fujimura.

 

“Breve Miragem de Sol”. Equipe do filme.

 

 

 

 

Autor do livro “VOU DEIXAR DE SER FELIZ POR MEDO DE FICAR TRISTE?”. 


Projeto “Destrava e Fala” – Através desse método ajudo pessoas a destravarem a versão comunicador, seja numa palestra, na internet ou simplesmente se comunicar de forma mais clara e estabelecer uma conexão com o seu interlocutor.

 

 


“Home Studio Vozes” – Durante a pandemia resgatei algo que estava guardado a muito tempo numa caixinha de “vou deixar para depois”, já que a carreira de ator, apresentador e dramaturgo estava falando mais alto. 

 


“Carrossel de poesia” – tenho 50 páginas de poesia, no que eu chamo de “Pedaço de Mim”, e no segundo semestre de 2021 vou compartilhar através das redes sociais em carrosséis com o texto. No último item do carrossel terá o vídeo da poesia sendo recitada. 

 

 

 

 

Simplesmente:

YURI RIBEIRO

  

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