Um delicioso e necessário saudosismo, descortina o palco do Teatro Net Rio, numa empreitada teatral/musical, com mote nos anos 70 e seus emblemáticos acontecimentos de relevância que ainda nos acomete.
À nova cena carioca, ousada e corajosa, se coloca num documentário musical pela mente e mãos de Frederico Reder e Marcos Nauer.
Uma direção dinâmica, inventiva e apuradíssima de Frederico Reder, que idealizou o projeto, em dedicada e aparente esmero na direção de produção de Maria Siman.
Vale muito destacar à técnica e virtuosismo, na criação das coreografias do excelente Vitor Maia.
Um período transgressor, questionador, que transcendeu e se mostra nu e cru em sua atualidade.
24 cantores/bailarinos/atores, de maviosas qualidades cênicas.
Uma banda afiadíssima de 10 músicos. 20 cenários e 300 figurinos.
Cenografia fazendo alusão a um disco de vinil, criando cronologicamente aspectos políticos, artísticos e comportamentais.
Tropicália, rock, punk, reggae, disco music, novos baianos, Sex Pistols. O “Black is beauriful”, com Elis Regina, protesto de Chico Buarque etc…
No centro de tudo, com seus talentos, empoderamento e como jóia rara; às frenéticas: Dhu Moraes, Leiloca Neves e Sandra Pêra, nos deleitando de alegria.
O espetáculo “70? DÉCADA DO DIVINO MARAVILHOSO, é uma grandiloquente retrospectiva cênica/musical/interpretativa, que trás de volta os maiores e retumbantes acontecimentos, homenageando os épicos artistas e momentos culturais, políticos, de uma época que ainda está latente em nossos dias.
Momentos, passagens e artistas feéricos, que influenciou e influenciará à vida e os caminhos a serem trilhados na história universal cultural e política.
Um espetáculo ousado, necessário e atravessador.
“É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer à morte”.
Espetáculo NECESSÁRIO.