Entrevista NECESSÁRIA: Diretor Teatral e Dramaturgo: FÁBIO FERREIRA.

Continuando com a comemoração de 01 ano de seu projeto,

o palco do Blog/Site abre as cortinas  das – Entrevistas NECESSÁRIAS – para um pesquisador ferrenho de um dos mais renomados dramaturgos e suas obras inquebrantáveis:

SAMUEL BECKETT.

Bacharel em Teoria das Artes Cênicas pela UNIRIO.

Diretor Teatral, dramaturgo, tradutor e professor universitário; estamos falando de Fábio Ferreira.

É diretor artístico da Cia. BufoMecânica junto com Claudio Baltar.

Criou os Festivais – Rio Cena Contemporânea e ArtCena: Processos de Criações.

Em 2009 criou a Cia Bufo Mecânica com Claudio Baltar e desenvolveram pesquisas que resultaram nas encenações:

– “Mosaico Maiakóvski”.

– “Mistério Bufo”.

– “Penso Ver o que Escuto”.

 – “Two Roses For Richard lll”.

– “Vozes do Silêncio – Filme não Filme” – prevê o lançamento do livro com as traduções e ensaios sobre o autor e uma instalação cênica, todos com atuação da incrível atriz e parceira – Carolina Virgüez.

Estreou como diretor teatral profissional em 1991, no Teatro Ipanema com a encenação de “Dorotéia, A Farsa”, de Nelson Rodrigues.

Saberemos muito mais logo abaixo,  a trajetória de extremo necessário desse:

Diretor Teatral, dramaturgo e Tradutor:

Fábio Ferreira.

Fábio Ferreira.

Fábio Ferreira.

Carolina Virgüez em: “Vozes do Silêncio – Filme não Filme. Direção: Fábio Ferreira.



F.Fachetti –  – A “Projéteis – Cooperativa de empreendedores Culturais” tinha uma reunião multifacetada no seu desenrolar, envolvendo várias linguagens artísticas. Esclareça como se amalgamava/fundia seu descortinar. Qual foi o saldo em oito anos no cenário?


Fábio Ferreira – A Projéteis foi a realização de uma experiência incrível de cogestão de projetos com artístas em diversas fases de amadurecimento e vivência, e potencializou todos nós com as trocas, concordâncias e discordâncias.

Chegamos a contar com mais de 30 cooperados de teatro, dança, música, performance, publicação, vídeo e palhaçaria. A ideia de cooperativa de artistas continua icônica no meu desejo e modo de pensar a produção artística, a criação como processo coletivo associando os modos de criar com os meios e a gestão dos projetos.

Em oito anos realizamos muitas ocupações de teatros e espaços, com projetos curatoriais, além de espetáculos, mostras, programas de rádio, shows e colaborações com outras cooperativas de outros segmentos produtivos.

Ficamos associados a OCB, Associação de Cooperativas Brasileiras, e trocamos informações e experiências com cooperativas de teatro de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e da Bahia.

A confluência de linguagens possibilitava muitas vezes projetos entre artistas, criadores de segmentos diversos. Mas no estrito senso, uma cooperativa é uma empresa de todos. Ainda teríamos muito a experimentar. Penso em retomar algo assim.



F.Fachetti – Nos conte um pouco sobre os espetáculos “O Idiota – Primeiro Dia” de Dostoièvski e “A Dona do Fusca Laranja”, com texto de Jô Bilac, ambos com sua direção, seu olhar.


Fábio Ferreira – O Idiota, o promeiro dia – é uma dramaturgia minha da primeira parte do romance fantástico do Dostoièvski, porque em um dia acontece uma enormidade de fatos e cenas e desdobramentos, externos, na vida dos personagens, e internos em suas consciências, que um dia asemelha-se a muitas vidas vividas intensamente.

A encenação era itinerante por vários espaços do Parque das Ruínas em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, e contava com instalações da artista plástica Suzana Queiroga, e todas ligadas entre si por fios, cordas, cabos que trançavam móveis, pessoas e as atava as colunas e a arquitetura do prédio. O público recebia o Príncipe Miskin no terraço, seguia para a Galeria de arte, depois o interior das ruínas e por fim, o teatro do espaço.

Queria ter uma vida para encenar cenas de Dostoèvski, buscar as pulsações de seus personagens que espandem imensamente a ideia da experiência humana.

“O Idiota – o primeiro dia” de Dostoièvski.


Os atores tinha sido meus alunos na Universidade da Cidade, onde dei aula por nove anos. Muito talentosos, estão todos aí criando no teatro, tv, cinema. Era um grupo muito coeso e conseguimos gerar um espetáculo muito sinergético.

A encenação para mim é uma busca de uma imersão coletiva entre artístas e as pessoas do público. Não sou tanto um ‘contador de histórias’ – sou mais uma espécie de xamã. Assim encaro a cena, uma trama coletiva de desejos, sensações, percepções, estórias, contatos, sons, jogos… busco envolvimento, desfrute, pactuação e trocas.

“O Idiota – o primeiro dia”.

“A Dona do Fusca Laranja”, surge na Projéteis. A Camila Rhodi, performer que hoje mora e trabalha em Berlim, era cooperada e conhecia meu trabalho. Ela me convidou para criar com ela uma “coisa” e, como ela era muito amiga do Jô Bilac, o chamamos para “costurar” nossas imagens e ações performativas.

A performance partia de um fato real: a Camila teve um fusca laranja que acompanhou um período muito feliz da vida da artista até que uma noite, próxima ao teatro João Caetano, roubaram o fusca.

Ocupamos o térreo do Oi Futuro com uma instalação cênica, compramos um “dublê de fusca laranja”, convidamos o músico e artista plástico Siri e o videomaker Rick Seabra para se juntar a nós. Era um trabalho que trata das relações entre nós e os objetos, máquinas que imprimem vivências e nos abrem outras consciências.

O Jô Bilac é maravilhoso, livre, generoso, e muito bom dramaturgo ou o que ele desejar.

“A Dona do fusca Laranja”.

“A Dona do Fusca Laranja”, de Jô Bilac.



F.Fachetti – “Traço – Observações sobre Medéia” tem total concepção e idealização de Fábio Ferreira (texto, direção e cenário). Pode nos falar desse feito cênico?


Fábio Ferreira – Em TRAÇO busquei algumas camadas de “medéia” que guardamos, ou que as mulheres possuem. Um poder de transceder todas as relações através do afeto. Eu havia escrito o meu primeiro texto em 2000, MENOS UM (estreado no E.C. Sérgio Porto), depois fiz a dramaturgia de INFINITOS, um solo para Patrícia Niedermeier e DISCURSOS com parceiros de longa data, que estreamos ambos trabalhos no Espaço SESC Copacabana.

De 2000 à 2007 tive como grande parceiro o ator e diretor Oscar Saraiva, assim como minha ex-mulher, a Patrícia Niedermeir. Criamos muitos trabalhos juntos, onde outros amigos eram constantes, como a Márcia Rubim, o Jefferson Miranda, o Renato Machado, Felipe Rocha, entre outros.

“Traço – Observações sobre Medéia”.


TRAÇO fecha esse ciclo, penso. Em cena Oscar Saraiva e Marina Vianna, dois atores que admiro muito.

Ele, um Jasão de pijamas, preso ao passado de conquistas e triunfos, ela, uma Medéia refazendo as narrativas patriarcais, demolindo tudo, a imagem de herói… mas isto agora, em Copacabana, com figurinos de Luiza Marcier e trilha de Domênico Lancelotti, que trouxe de Madureira um coro de senhoras (as conselheiras de Medeia) e a guitarra de Gustavo Benjão ao vivo. Realizamos temporada no Teatro de arena do Espaço SESC Copacabana.

“Traço” – Observações sobre Medéia”.

“Traço – Obsevações sobre Medéia”. Dramaturgia e direção: Fábio Ferreira. Com: Marina Vianna e Oscar Saraiva.

“Traço – Observações sobre Medéia”. Dramaturgia e direção:

Fábio Ferreira.



F.Fachetti – Construiu na direção de “Uma doce criatura”, uma encenação onírica, reflexiva e bem vigorosa, pelo que pude observar. Seria isso mesmo, dentro do universo de Dostoiévski que você se embrenha algumas vezes? Nos aclare. Por que a direção de movimento – nesse espetáculo – de Marcia Rubim é “um caso especial”? Isso muito me interesa saber.


Fábio Ferreira – A DOCE CRIATURA, do conto de Dostoièvski foi anterior, anterior à O IDIOTA e à TRAÇO OBS, e minha primeira adaptação do russo.

A história da costureirinha adolescente forçada à um casamento combinado que se suicida. Um fait divers lido num jornal por Dostoièvski, que sempre teve uma imensa compaixão da situação de opressão das mulheres.

O conto inicia-se com “ela” morta sobre a mesa. E as situações são apresentadas pelo “luto do marido”. É lindo e terrível. Em cena, Oscar Saraiva e Wal Areas, o casal e Janaína Pessoa como Anna Grigorievna, como a mulher do autor russo, a quem ele ditava os romances e contos. Ela também, ironicamente, submetida aos trabalhos e deveres para com um ‘marido’. 

Marcinha Rubin fez a direção de movimento, ela tem uma percepção muito aguda do gesto teatral, e conduz o corpo do ator em cada detalhe. Uma parceira incrível. Grande coreógrafa.

 Estreamos no Teatro Maria Clara Machado/Planetário e depois seguimos para outras temporadas.

“Uma Doce Criatura”, de Dostoièvski. Direção e cenários: Fábio Ferreira. Crítica de Macksen Luis – Jornal do Brasil. Teatro Maria Clara Machado.




F.Fachetti – “No momento exato em que o autor foi revisto e revisitado” – comente esse episódio e seus porquês -, que adveio, sucedendo na encenação de “Dorotéia, A Farsa”, sendo sua estreia como diretor profissional.


Fábio Ferreira – Era a minha estréia profissional como diretor, eu tinha feito algumas coisas pequenas e de forma alternativa.

Atuei como ator de teatro de grupo, fiz teatro infantil. Mas nesse momento eu já era universitário, havia entrado na UNI-Rio e me preparei muito para fazer DOROTÉIA.

Entrevistava amigos do Nelson, fotografava na Tijuca, Estácio, Lapa, Pça 11, casas internamente com a ideia de encontrar um “espaço” para aquela figura trágica num contexto carioca.

O Nelsinho Filho me encampou, foi parceiro, me deu os direitos do “velho” e quando estreei no Teatro Ipanema a repercussão me surpreendeu. Aplausos e abraços de Rubens Côrrea e Antônio Abujamra.

Em 1991 o Nelson estava ‘saindo’ de um breve esquecimento, ou, depois do PARAÍSO ZONA NORTE, do Antunes Filho, estava sendo revisitado pela crítica e reposicionado como gênio absoluto. Eu estava ali naquele mesmo momento em que Antunes e Eduardo Tolentino estreavam suas versões rodriguianas, com meus modestos 23 anos e minha 1ª. Direção.

O crítico Lionel Ficher e o Sábato Magaldi renderam boas críticas. Levei o espetáculo para São Paulo e Porto Alegre.

As atrizes são atrizes muito incríveis até hoje, Eleonora Fabiâo, Patrícia Niedermeir, Ana Bevilaqua (bailarina) e Cristina Mayrink.

“Dorotéia – A Farsa”. Com: Patrícia Niedermeier, Eleonora Fabião, Cristina Mayrink e Andreia Bieri. Teatro Ipanema.

“Dorotéia – A Farsa”- Patrícia Niedermeier.



F.Fachetti – Torne conhecido para nós a contemporaneidade da dramaturga alemã: Dea Loher, fazendo uma conexão com o espetáculo “Barba Azul – A Esperança das mulheres” – remetendo a reinvindicações e lutas atuais do mundo feminino.


Fábio Ferreira – Dea Loher é uma das maiores dramaturgas alemãs vivas.

Eu a conheci quando da sua primeira estada no Brasil, através do Goethe Institut, quando ela veio conhecer uma avó brasileira e acabou escrevendo um texto para Os Sátiros em São Paulo: A VIDA NA PRAÇA ROUSSEFELD! Depois disso fui ao Thalia Theater de Hamburgo acompanhar o último mês de LAND OHNE WORTE (Terra sem Palavras), que depois faria parte da programação do Festival Rio Cena Contemporânea.

“BARBA AZUL, a esperança das mulheres”, é um texto que revisita de forma irônica a fábula da curiosidade feminina e suas consequências. Atavismo ou desejo de aniquelamento?

A escrita cênica da autora alemão é agil, vibrante e contundente. O “Barba” da minha montagem foi o ator Márcio Vito, com que tenho ótimas parcerias, além das excelentes Raquel Iantas, Laura Becker, Marcelle Sampaio, Mona Vilardo e Teresa Hermanny. Estreamos na Casa Laura Alvim, depois disso voltei a reunir uma elenco incrível para ler na Casa da Gávea, LADRÕES, da Dea Loher em 2014, com a presença da dramaturga, Márcio Vito, Rogério Freitas, Otto Jr, Carolina Virgüez, Carol Chalitta, Carol Garcia, Cris Larin, Thales Coutinho e Bianca Byington.

Ainda não tive oportunidade de encenar outro texto da Dea, mas acontecerá!

“Barba Azul – A Esperança das Mulheres”, de Dea Loher. Direção e cenário: Fábio Ferreira. Casa de Cultura Laura Alvim. Com: Márcio Vito, Marcelle Sampaio e Raquel Iantas.



F.Fachetti – Disserte sobre “Um dos maiores  e mais bem sucedidos festivais das Américas”: Rio Cena Contemporânea, e o ArtCena – Mostra de processos: um festival de criações que teve três edições. Festivais de muita relevância que precisam ser aclarados para àqueles menos conhecedores.


Fábio Ferreira – O Rio Cena Contemporânea surgiu em 1996 e aconteceu na cidade até 2007, sempre em outubro, reuniu por uma década o que de mais marcante aconteceu no teatro brasileiro e internacional, com edições que somavam até 80 atrações e dezenas de teatros e espaços não convencionais, um festival que alargava a perspectiva do que é teatro ou mesmo a “cena” – artes da cena! Foram 15 anos de dedicação e viagens de curadoria por festivais internacionais de todos os continentes para convidar grupos, companhias e artistas da cena contemporânea mundial.

Estiveram por aqui, entre outros: Pippo Delbono, Forced Entertaiment, Romeu Castelucci, Matthia Langhoff, Win Vanderkeybus, Dondoro, Josef Nadj, Jan Fabre, Daniel Veronese, La Troppa… Zé Celso, Gerald Thomas, Denise Stoklos, Grupo Espanca, Teatro Piolim, Galpão… oito edições!

Até o ano que vem contarei  em um Catálogo Crítico com toda história, repercussão e influência do festival nos criadores e nas gerações que vieram.

“Rio Cena contemporânea”.



A Mostra ArtCENA, aconteceu inaugurando o Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico e no Teatro da Caixa Econômica Federal, e reuniu artistas internacionais no Rio para criarem junto, trocar informações e processo criativos junto ao público. Foi uma forma de despressurização dos anos de mega Festival.



F.Fachetti – Gostaria que falasse a respeito dos estudos que a Cia. BufoMecânica – dirigida por você e Claudio Baltar – desencadeando suas pesquisas; que linha de investigações que vocês se apóiam, que os favorecem, e consequentemente nos favorece?


Fábio Ferreira – Essa história começou em 2008, no fim do ano postei um poema do Miakóvski, e o Claudinho Baltar me perguntou se havia mais. Sentamos dias depois para um café, com a mesa cheia de livros do poeta e dramaturgo russo. Dali para uma sala de ensaio para ler despretensiosamente a obra do Maiakóvski com atores, bailarinos e circenses.

Curtindo o que estávamos criando pedimos uma pauta no Espaço SESC e apresentamos o primeiro trabalho juntos MOSAICO MAIAKÓSVKI, que contou com a participação especial do ator EMILIO DE MELLO, e funcionava como uma instalação cênica com videoprojeções, entrevistas com o Zé Celso, Cacá Rosset e o Hélio Eichbauer. Foi um primeiro passo.

Baltar é um parceiro de primeiríssima, muito generoso.



F.Fachetti – Quatro encenações se concretizaram, resultados desses estudos. Por favor, fale, disseque um pouco sobre cada uma delas, com seu olhar de esteta/diretor/pesquisador e de homem da cena com ousadia cultural necessária. São eles:  “Mistério Bufo”; “Penso ver o que estudo”; “Tho Roses For Richard III”; “Vozes do silêncio”.


Fábio Ferreira – Eu e o Baltar temos uma sintonia imaginativa, algo como visualizamos imediatamente o que falamos um para o outro, mesmo que se trate de um imenso delírio espacial e cênico. E é isso que fazíamos juntos, imaginar o inimaginável e realizar. Testamos isso na montagem de o MISTÉRIO BUFO que era o que chamamos de uma dramaturgia espacial com atores biomecânicos, em alusão ao teatro de Meyerhold e a potencialização de uma cena de corpos acrobáticos, dançantes, musicais, vibrantes.

MISTÉRIO BUFO foi criado para o Oi Futuro do Flamengo, mas estreiou antes no CCBB de Brasília.

A encenação tinha três momentos, com três espaços cênicos, uma imensa tela de cinema open air, com atores no seu interior e outros atores que desciam de rappel pelas paredes até o público. Era operístico, mas sem fronteiras entre a cena e o público.

O segundo momento, a construção de um barco era um circo com muitas cenas aéreas, acrobacias e coreografias. E o terceiro momento, outro espaço, um cubo branco onde o público entrava com projeções nas quatro paredes, onde o espetáculo finalizava. Todos os atores tocavam instrumentos, cantavam, dançavam e atuavam, muitas vezes em estruturas cenográficas. Realizávamos uma poética total. Grandiloquente. Potente.

Foi assistindo a este espetáculo, sem que nós soubéssemos, que a curadora do Festival Shakespeare da Royal Shakespeare Company, se impressionou, e nos convidou para uma co-produção com apresentações em 2012 em Stratford Upon Avon e Londres.

“Mistério Bufo” de Wladimir Maiakóvski.

“Mistério Bufo”, de Wladimir Maiakóvski. Com: Marcelle Sampaio.

“Mistério Bufo”, de Wladimir Maiakóvski – CCBB de Brasília. Direção: Fábio Ferreira e Claudio Baltar. Com: Raquel Karro, Rafaela Amodeo, Diogo Esteve e Alexandre Antônio.

“Mistério Bufo”. Com: Marcelle Sampaio.

“Mistério Bufo”.

“Mistério Bufo”. De Wladimir Maiakóvski.

Direção: Fábio Ferreira e Claudio Baltar. Com: Marcelle Sampaio, Carol Machado, Rafaela Amodeo, Raquel Karro, Thierry Tremouroux e Mico Preto.

“Mistério Bufo”. Com: Carolina Virgüez.

“Mistério Bufo”. Com: Mariana Cirne.

“Mistério Bufo”. Com: Thierry Tremouroux.


O convite para que participássemos do Festival Shakespeare com companhias do mundo todo, durante as Olimpíadas de Londres foi feito no fim de 2009. Nos dois anos seguinte iniciamos o projeto, propondo uma encenação de Ricardo III – o pior projeto de ser humano! Um contraste com o delírio humanístico de Maiakóvski, que idealizava uma humanidade de poetas e artistas num paraíso terrestre criado pela Revolução.

Ricardo III era já a nossa intuição do que ainda estava por vir por aqui, no Brasil.

Foram 4 viagens à Inglaterra para fazer visitas técnicas, escolher os teatros, propor e defender o projeto para os conselheiros e equipe da Royal Shakespeare Company, um tipo de processo de produção que jamais havíamos imaginado que pudesse existir. Escolhemos o Royal Court Theatre de Stratford e o Round House em Londres, em temporadas que aconteceriam entre março e maio de 2012.

Para estudar a trama da Guerra das Duas Rosas entre os Lancaster e os York pela coroa britânica, passamos por 8 meses de ensaios e processos criativos com a companhia de 14 atores, 3 músicos, e vários colaboradores, pesquisando oito dramas históricos de Shakespeare, Ricardo II, Henrique IV (I e II), Henrique V, Henrique VI ( I, II e III) e Ricardo III. Isto porque as tramas anteriores ditam uma sequência de maldições e vinganças que se enovelam dando a Ricardo III a potência cruel para encerrar o período pré-moderno da Inglaterra, para depois surgirem o Tudor.

O cenógrafo incrível Fernando Melo criou dentro do pátio do Arquivo Nacional no Campo de Santanna, um Teatro Elisabetano moderno para que apresentássemos este estudo cênico, que chamamos de PENSO VER O QUE ESCUTO, a vocação acústica e cênica do bardo inglês que cria imagens com as palavras, fantasmagorias, ilusões.

Foram 16 apresentações em novembro e dezembro de 2011, com a presença de uma comitiva da Royal Shakespeare Company. Eles ficaram encantados, e nós estávamos girando em alta voltagem.

“Penso Ver o que Escuto”. Estudo sobre dramas históricos shakespearianos.

“Penso Ver o que Escuto”.

“Penso Ver o que Escuto”. Estudo sobre dramas históricos shakespearianos


Em janeiro do ano seguinte iniciamos a nossa versão de Ricardo III, Two Roses For Richad III, em ensaios no teatrão da UERJ, para embarcarmos para Inglaterra em março.

Os cenários, eram 3 containers de 40 pés, os figurinos da Rosa Magalhães eram 36 peças.

Estreamos em Stratford onde tivemos uma acolhida maravilhosa, com críticas surpreendentes, com palestras para estudantes e professores que pesquisavam Shakespeare, estudantes de colégio e gente comum.

Espetáculo: “Two Roses For Richard lll”, com Carolina Virgüez.

“Two Roses For Richard lll” de William Shakespeare. Com: Renato Rocha (javali), Rafael Veríssimo e Carol Machado.

“Two Roses For Richard lll”. Com: Varolina Virgüez e Sávio Moll.

“Twe Roses For Richard lll”.

“Two Roses For Richard lll”.

“Two Roses For Richard lll”. Round House, Londres. Com: Sávio Moll, Renato Rocha, Rafael Sardão e Rafael Veríssimo.

“Two Roses For Richard lll”. Com: Carolina Virgüez.

“Two Roses For Richard lll”. Com: Rafael Veríssimo – Round House, Londres.

Carolina Virgüez: “Two Roses For Richard lll”.

“Two Roses for Richard lll”, com Carolina Virgüez e Rafael Veríssimo – Round House, Londres.


Encerramos nossa temporada na cidade de Shakespeare e 10 dias depois estreávamos em Londres, onde nos apresentávamos no Round House, e tínhamos aplausos em cena aberta e nossos amigos do Galpão do outro lado do Tâmisa também era ovacionados no Globe Theatre.

Foi um momento sublime para todos nós.

Ao retornar ao Brasil, a crise dos patrocínios não permitiu que realizássemos uma temporada brasileira.

O SESC São Paulo quis muito, mas não houve outros parceiros. Era uma produção grande e onerosa.



F.Fachetti – É de extremo necessário que nos esclareça tudo que puder na vultosa pesquisa dos estudos de Samuel Beckett e suas obras com o teatro do absurdo.


Fábio Ferreira – Aqui trato de três paixões: Shakespeare, Dostoièvski e Beckett (além de buscar espaço para escrever). A vida é curta!

Fui apresentado à Beckett por Flávio de Campos primeiramente, na UNI-Rio e ainda aí, por Flora Sussekind, onde escrevi minha monografia sobre as últimas novelas do autor: COMPANY, ILL SEEN ILL SAID e WORSTWARD HO. E apesar de algumas tentativas, nunca encontrei a oportunidade de montar um Beckett.

Quando estreie no Teatro Ipanema com DOROTÉIA, meu amigo Moacir Chaves dividia a temporada com a direção dele de ESPERANDO GODOT, com a Denise Fraga.

Em 2003 comecei a dar aulas em universidades, Universidade da Cidade, UFRJ e depois PUC, onde ajudei a criar o curso de Artes Cênicas em 2009. Aí voltei a pesquisa acadêmica, ao mestrado onde estudei a transformação do escritor e dramaturgo Samuel Beckett no diretor de suas próprias peças e a recepção do dramaturgo na cena experimental americana, em contraste com a recepção européia (existencialista, teatro do absurdo).

Ali eu já traduzira o poema em prosa PING, a peça radiofônica CASCANDO, quando me propus no doutorado a pesquisar e traduzir as “vozes femininas” e entender o surgimento das protagonistas femininas na obra. Ganhei uma bolsa sanduíche da CAPES para o meu doutorado, passei um ano em Copenhagen, depois meses em Reading – nos Arquivos Beckett – lendo os manuscritos e versões datilografadas pelo autor para os três textos NOT I, ROCKABY e FOOTFALLS.

Um imenso privilêgio passar os dias naquela pequena cidade, com uma universidade incrível, tendo acesso a tudo! E outro privilêgio, participar de um grupo de estudo com o célebre biógrafo e amigo de Beckett, James Knowlson e John Pilling entre outros grandes estudiosos da obra. Ainda passei um mês em Dublin, na biblioteca do Trinity College lendo carta do autor. 

A tese foi defendida em abril de 2019 na PUC Rio, e desde antes eu já havia pactuado com a atriz e parceira Carolina Virgüez que seria ela a pessoa perfeita para a aventura de levar a cena a trilogia agora traduzida, a partir das duas versões, inglês e francês, uma vez que Beckett se autotraduzia, gerando dois originais assimétricos, pois assimilavam aperfeiçoamentos e adequações a cada nova encenação do autor.

Começamos a ensaiar em julho de 2019.

Em fevereiro fomos para a galeria do Espaço Cultural Sérgio Porto ensaiar para estrear em maio, quando no dia 13 de março, fomos informados que o virus vindo da China se transformará numa pandemia e que o teatro seria fechado. Imaginem a frustração.




Beckett and Giacometti, 1961, In Giacometti’s Studio, with the tree sculpture that Giacometti created for Waiting for Godot ( Stolen and missing since).



F.Fachetti – Quais os rumos que sua recente encenação, que por força do destino se tornou cinematográfica, na verve de Beckett, tomará: “Vozes do Silêncio”, uma arquitetura cênica inefável em todo seu contexto.


Fábio Ferreira – Em setembro de 2020 nosso produtor, Sérgio Saboya nos convenceu a inscrevermos o projeto no Edital da Lei Aldir Blanc. Fomos selecionado em dezembro e nem sabíamos bem o que significava. A pandemia no fim de 2020 havia abrandado. Mas eram um recuo de tsunami.

Em março soubemos que deveríamos realizar o espetáculo como streaming e foi um balde de água gelada. Ansiosos que estávamos por uma cena presencial com o calor de uma plateia, o streaming trazia problemas cênicos e técnicos de filmagem e transmissão, e depois?! Não restaria nada… Víamos trabalhos com estética “homevídeo” que não era o nosso caso… quando decidimos procurar uma locação, mudar a chave da encenação para a linguagem cinematográfica… propomos ao SESC RJ que topou!

Tínhamos pouco tempo e poucos recursos agora, mas estávamos felizes com a nossa decisão. Tínhamos construído uma grande intimidade com os textos, as palavras, as cenas, todo um gestual e percepção. Iniciamos os ensaios na locação, criamos os sets e contamos com uma integração absoluta com a equipe de criação, artistas incríveis, que se revesavam nos ensaios por conta dos cuidados com a pandemia.

Fazer dos textos do Beckett um filme, incorporava toda nossa experiência performativa e cênica – teatral. E a cena seria imagem e montagem, cinema.

Sim e não, e também outras coisas estaria ali.

E assim foi VOZES DO SILÊNCIO – filme não filme.

Agora virá a cena presencial, e nos sentimos prontos para seguir experimentando…

Carolina Virgüez em: “Vozes do Silêncio” – Filme não Filme.



– Trajetória Profissional:


– Professor Universitário:


UniverCidade: Curso de formação de atores. 2003/2013.

UFRJ: Curso de Direção Teatral, 2004/2006.

Universidade Cândido Mendes – PEC – MBA em Produção e Gestão Cultural, 2003/2020.

PUC Rio – Curso de artes Cênicas,2009/2018 (coordenou o curso de 2014/2017.

PUC Rio – Curso de Especialização em Arte e Filosofia, 2016/2020.

CAPES – Universidade de Copenhagen e Arhus – Dinamarca – 2018.

USP – Pesquisador do GP da Obra de Samuel Beckett/coord. Fábio Andrade.


– Escreveu crítica teatral em publicações como o Jornal do Brasil/Caderno B, Revista Bravo! Revista Gesto e  Revista Questão de Crítica.

Fábio Ferreira – crítico de Teatro do Jornal do Brasil: Crítica da peça “A Prima-Dona”, com Marília Pêra.

Fábio Ferreira – Crítico de Teatro do Jornal do Brasil. Espetáculo: “Colombo”, com Rubens Correa.

Crítica de Macksen Luis para o espetáculo “Discursos”, dramaturgia e direção Fábio ferreira. Com: Oscar Saraiva, Patrícia Niedermeier e Wal Arêas.



– Criou os Festivais “Rio Cena Contemporânea” e “ArtCena: Processos de Criação”. 

– Estreou como diretor teatral em 1991, com “Dorotéia, a farsa” de Nelson Rodrigues. Dirigiu 14 peças, em 8 foi também cenógrafo e em 4 autor.


– ÚLTIMOS ESPETÁCULOS:


  • – “TRAÇO –  OBSERVAÇÕES SOBRE MEDÉIA” – ESPAÇO SESC, 2007.
  • – “O IDIOTA – PRIMEIRO DIA” – Parque das Ruínas, 2010.
  • – “A DONA DO FUSCA LARANJA” – OI FUTURO, 2011.
  • – “MOSAÍCO MAIAKOVSKI” – ESPAÇO SESC, 2008.
  • – “MISTÉRIO BUFO” – CCBB BRASÍLIA e OI FUTURO, 2009.
  • – “PENSO VER O QUE ESCUTO” – ARQUIVO NACIONAL, 2011.
  • – “TWO ROSES FOR RICHARD III” – COURT THEATRE em STRATFORD UPON AVON e ROUND HOUSE em LONDRES, 2012.
  • – “VOZES DO SILÊNCIO” – Filme não Filme, em 2021, reunindo três textos curtos de Samuel Beckett, com atuação de Carolina Virgüez.

– Iniciou-se no teatro nos anos 80, nos Grupo Feliz Meu, Território Livre, Coringa de Dança, realizando teatro de rua e sala.  Em seguida entrou para o Curso de Teoria do Teatro na UNIRIO.

Espetáculo: “Construções”.

Espetáculo: “Construções” de Franz Kafka, com a atriz e bailarina Patrícia Niedermeier – Espaço Cultural Sérgio Porto, 2004.



– “VOZES DO SILÊNCIO” – Filme não Filme: Diretor, tradutor e cenógrafo do longa metragem que reuniu três textos curtos do dramaturgo irlandês Samuel Beckett: “Não Eu”, “Cadência” e “Passos”, no projeto que prevê ainda o lançamento do livro com as traduções e ensaios sobre o autor e uma instalação cênica, todos com atuação da incrível atriz e parceira, CAROLINA VIRGÜEZ.

O filme retoma a ligação do diretor com o cinema, onde iniciou-se artisticamente como assistente de direção de Silvio Tendler e diretor artístico dos Estúdios da Barra na década de 1980. “VOZES” teve sua pré-estreia na Programação do SESC RJ e participará em 2021 e 2022 de festivais de cinema.

– “TWO ROSES FOR RICHARD III”: Coprodução com a Royal Shakespeare Company, uma versão arrojada do Ricardo III, dirigida com o parceiro da Cia Bufomecanica, junto com Claudio Baltar.

– Estreou em 2012 no Courtyard Theatre em Stratford Upon Avon, seguindo para uma temporada londrina no Round House como parte das Olimpíadas Culturais.
– PENSO VER O QUE ESCUTO”: Estudo sobre dramas históricos shakespearianos
.

– “DE RICARDO II A RICARDO III”, William Shakespeare, escreveu oito peças com a saga da luta pelo poder na Inglaterra, a Guerra da Duas Rosas, Lancaster x York.


 A Cia Bufomecânica construiu um teatro elisabetano moderno no pátio do Arquivo Nacional no Centro do Rio de Janeiro em 2011 e encenou cenas memoráveis da ambição e corrupção humana. No mesmo lugar onde se reunia a Comissão da Verdade para analisar a tortura na ditadura militar, durante o Golpe de 64. Um projeto cenográfico do mestre Fernando Mello. 16 apresentações e outras tantas aulas-espetáculos. Direção: Claudio Baltar e Fábio Ferreira.


– “MISTÉRIO BUFO”, DE VLADIMIR MAIAKÓVSKI: Cia Bufomecânica cria uma dramaturgia espacial com os versos do poeta russo ao ocupar o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasilia e o Oi Futuro do Flamengo, o Instituto dos Arquitetos do Brasil –IAB. O espetáculo criou cenas impensáveis nas empenas dos prédios, dentro de uma imensa tela de cinema, numa espiral de quatro andares, num imenso cubo branco, tudo para dar a ver o sonho de libertação do homem, de sua condição mesquinha, e da escravidão imposta pela exploração. Uma experimentação em grande escala. Direção: Claudio Baltare Fábio Ferreira – 2009.

– “O IDIOTA – PRIMEIRO DIA”, baseado no romance de Fiódor Dostoièvski. Um intenso processo de investigação das motivações humanas e seus inúmeros desvios. Uma encenação itinerante pelo Parque das Ruínas em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Atores ocupando a instalação da artista plástica Susana Queiroga, deram corpo a estranha luz do Príncipe Míchkin. 2011

– “A DONA DO FUSCA LARANJA”: Uma performance de CAMILA ROHDI com textos de Jô BILAC, vídeos de RICO e RENATO VILAROUCA, Trilha e performance musical SIRI, direção FÁBIO FERREIRA – Oi Futuro 2011.

– “BARBA AZUL- A ESPERANÇA DAS MULHERES”, de Dea Loher, uma das mais importantes dramaturgas alemãs da contemporaneidade. O diretor Fábio Ferreira revisita a fábula com Márcio Vito e Raquel Iantas, Marcele Sampaio, Laura Becker, Mona Vilardo e Teresa Hermanny, Casa de Cultura Laura Alvim – 2011.

– “TRAÇO – OBSERVAÇÕES SOBRE MEDÉIA”: Texto, direção e cenário de Fábio Ferreira, com os atores Oscar Saraiva e Marina Vianna e trilha de Domenico Lancelotti. O enredo de grego Jasão e Medéia e o fim trágico de seus filhos foi transportado para Copacabana. A desconstrução do macho, a pedra no sapato do patriarcado_ Medéia, bruxa que nos transcende e arrebata. Um ensaio sobre o tema na contemporaneidade. Espaço SESC Copacabana 2007.

– “UMA DOCE CRIATURA” do conto de Fiódor Dostoièvski: Com Oscar Saraiva, Wal Areas e Janaína Pessoa. O diretor Fábio Ferreira constrói uma cena onde as palavras ganham corpo e dançam, mordem, lambem e projetam as imagens do sofrimento após um feminicídio. O autor russo foi um feminista atento a exploração e violentação das mulheres. A direção de Movimento de Márcia Rubim é um caso especial. Teatro Maria Clara Machado/Planetário e Espaço SESC Copacabana, 2006.

– “RIO CENA CONTEMPORANEA”:

Festival internacional do Rio de Janeiro 1996/2007. Criador, diretor geral e curador em sete edições. Um dos maiores e mais bem-sucedidos festivais das Américas. Reuniu e promoveu a cena contemporânea brasileira e mundial. A cada edição o RCC tomava a cidade de assalto e sua programação extensa se desdobrava em mostra universitária, intervenções urbanas, artes visuais, shows e festas. Sempre ocupando novos espaços ou revigorando áreas abandonadas. Mudou o panorama das artes cênicas e de gerações de artistas.

– “ART/CENA – MOSTRA DE PROCESSOS DE CRIAÇÃO”: 2011/2012- Diretor artístico.

– “RIO ARTE – INSTITUTO MUNICIPAL DE ARTE E CULTURA”:

Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro – SMC, Presidente-Diretor de Projetos – Diretor de Artes Cênicas, 1992/2003. Participou da criação da Rede Municipal de Teatros, do Projeto Lonas Culturais, do Programa de Subvenção à Dança, do Programa de Bolsas RIOARTE, Centro de Arte Hélio Oiticica, Centro Coreográfico da Cidade, Revista Gesto, Perfis e Cantos do Rio, entre outros tantos projetos realizados e copiados em outras cidades e países.

– “EDITORAÇÃO/ CRÍTICA”:


Participou da criação das revistas O Percevejo, na UNI-Rio sob coordenação da crítica Flora Sussekinde.  Revista Gesto, na Rioarte, onde foi do Conselho Editorial.

Espetáculo: “Menos Um”, dramaturgia e direção de Fábio Ferreira. Espaço Cultural Sérgio Porto. Com: Oscar Saraiva e Patrícia Niedermeier.



Amigos! Na próxima quarta, encerra com o mês de junho, a comemoração de 01 ano do projeto criado dentro do Blog/Site.

O projeto – Entrevistas NECESSÁRIAS – não poderia ser melhor laureado e chancelado, dando luz e visibilidade aos artistas – trazendo para o palco do Blog/Site – uma entrevistada das mais sensíveis e reflexíveis – dentro do renome da nossa dramaturgia. Com um conteúdo de escrita com notabilidade e contudência política em explanações aclaradas por suas narrativas textuais inexoráveis.

Como costumo dizer: de extremo necessário para transcendermos em conhecimento, posicionamento e mudanças comportamentais.

Teremos o prazer e conhecimento de sabermos do processo de escrita  da dramaturga contemporânea:

DANIELA PEREIRA DE CARVALHO.

Show CommentsClose Comments

2 Comments

  • Avatar
    Joelma Di Paula
    Posted 23/06/2021 at 20:20 0Likes

    Francis Fachetti sempre trazendo o melhor da nossa cultura 👏🏽👏🏽👏🏽

  • Avatar
    Regina Cavalcanti
    Posted 24/06/2021 at 13:52 0Likes

    Amo suas entrevistas ❤️ Banho de cultura 💋

Leave a comment